Autor: Denize Assis
A equipe do Núcleo de Educação em Urgência da Secretaria de Saúde promoveu, nos dias 17 e 20
de setembro, capacitação para utilização do desfibrilador automático externo (DEA) e de
técnicas de suporte básico de vida direcionada a servidores que atuam no paço municipal.
Ao todo, 20 pessoas entre pessoal administrativo, de limpeza, segurança e da Guarda Municipal
participaram das aulas que abordaram utilização do DEA, abordagem e identificação do grau de
acometimento do paciente inconsciente e manobras de ressuscitação.
Em Campinas existe uma lei que torna obrigatório a instalação de desfibriladores em número
suficiente nos locais de grande concentração para que a pessoa com parada cardíaca possa
ser atendida antes que tenham passado os primeiros quatro minutos. É o caso do paço municipal
que recebe, em média, 2 mil pessoas por dia.
O desfibrilador emite uma descarga elétrica para corrigir a fibrilação ventricular e fazer o
coração bater novamente no ritmo adequado para bombear o sangue.
Segundo o enfermeiro José Roberto Silva, co-gerente da unidade de Pronto Atendimento (PA) do
Complexo Ouro Verde, fibrilação ventricular nada mais é do que um caos elétrico onde o coração
bate sem sincronismo, sem força, deixando de bombear o sangue – como se tivesse parado.
“Nestas situações, em tempo hábil, só a desfibrilação é capaz de revertê-lo. O desfibrilador
automático foi idealizado especialmente para que os leigos pudessem usá-lo e a capacitação
ocorreu com o objetivo de torná-los aptos a utilizá-lo”, diz José Roberto Silva.
Segundo o médico Joaquim José de Oliveira Filho, coordenador municipal da Área Técnica de
Urgência e Emergência de Campinas, as novas diretrizes para ressuscitação, porém, deixam
claro que o desfibrilador deve ser usado levando em conta o tempo da parada cardíaca. Até
os quatro primeiros minutos, o choque é fundamental e provavelmente vai interromper o processo
de fibrilação ventricular.
“Mais do que quatro minutos, o importante é fazer uma boa massagem cardíaca antes de aplicar
a desfibrilação. Todas estas especificidades foram abordadas na capacitação”, afirma Joaquim.
“Também é imprescindível, em qualquer situação desta natureza, acionar o Samu/192 para dar
prosseguimento ao atendimento”, diz o médico emergencista José Roberto Hansen, coordenador do
Samu/192 de Campinas.
O Núcleo de Educação em Urgência da Secretaria de Saúde promove capacitações constantes na
rede municipal de saúde e em outros equipamentos da Prefeitura.