Rubéola: Campinas já vacinou 252 mil

02/09/2008

Autor: Denize Assis

Balanço parcial indica cobertura de 68% de vacinação contra a doença no município. Índice está acima da média do Estado e do País

Um novo balanço parcial da campanha contra a rubéola mostra que mais de 252 mil campineiros procuraram os postos para se proteger desde o dia 9 de agosto, quando a campanha foi lançada, até o final da tarde de domingo (31 de agosto). Isso representa cobertura de 68% do total de pessoas que devem tomar a vacina no município – 370.780. O índice em Campinas está acima da média do Estado de São Paulo, de 59,4%, e do País, que é de 62,17%.

A vacina é única forma de evitar a rubéola, doença causada por um vírus. Na mulher grávida, pode causar aborto ou seqüelas para o bebê como cegueira, surdez, retardo mental e cardiopatias, entre outras. É a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).

A campanha se estende até 12 de setembro e terá mobilização em espaços públicos de grande concentração de pessoas nesta reta final, além de estar disponível em todos os centros de saúde da Prefeitura.

Na Rodoviária, ocorre vacinação de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 12h e das 17h às 21h. Na agência do Poupa Tempo da Avenida Francisco Glicério, no Centro, uma equipe atende a população das 9h às 17h, todos os dias.

Rubéola. Nos últimos dois anos, ocorreram surtos de rubéola de forma dispersa em todo o Brasil, uma ameaça à população ainda não vacinada. Em 2007, foram registrados 8.407 casos, sendo 161 em mulheres grávidas, o que resultou em 20 recém-nascidos com Síndrome da Rubéola Congênita. Em Campinas, foram 12 casos de rubéola em 2007, além da notificação de um caso de rubéola congênita, e pelo menos sete em 2008 (este dado ainda é provisório).

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Campinas, a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, a única alternativa para conter o avanço de casos, surtos e a SRC é a vacinação indiscriminada de homens e mulheres.

“Isto significa que todos, de 20 a 39 anos, devem ser vacinados, independente do histórico de vacinação ou doença anterior. Até agora, cerca de 70% desta população receberam a dose em Campinas”, afirma Brigina.

Segundo a sanitarista, agora a campanha entra numa fase de maior desafio, já que as pessoas que ainda não tomaram a vacina estão com alguma resistência, têm medo ou não estão convencidas. “Temos que desencadear estratégias para conscientizar cada cidadão e facilitar ao máximo o acesso, inclusive com a instalação de postos nos locais que as pessoas passam no seu cotidiano, no itinerário do trabalho, da escola, do lazer, na igreja”, afirma Brigina.

A campanha de vacinação causa impacto imediato para alcançar a meta de eliminação da Rubéola nas Américas até 2010, um compromisso internacional e nacional assumido pelo Brasil durante a 44ª reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

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