Campinas inicia preparativos para a 2ª etapa da pólio, em 19 de setembro

02/09/2009

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas já iniciou os preparativos para a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite que será realizada no dia 19 de setembro. Inicialmente prevista para 22 de agosto, esta fase foi adiada por conta da nova gripe, já que, na ocasião, os serviços de atenção básica, porta de entrada para os pacientes com suspeita de H1N1, estavam sobrecarregados.

O objetivo é que a campanha ocorra num cenário mais tranqüilo, com os servidores da área em condições de dar prioridade ao trabalho de imunização. A primeira etapa ocorreu em 20 de junho, quando foram vacinadas 66.965 crianças campineiras menores de cinco anos ou 94% da população alvo.

Para garantir o sucesso desta segunda etapa, a Vigilância em Saúde de Campinas planeja mobilizar, em todas as regiões de Campinas, mais de 1,3 mil servidores, em 290 postos de vacinação, fixos e volantes. O transporte será assegurado por 100 automóveis. O Rotary vai atuar como parceiro e já deu o pontapé inicial para a mobilização da comunidade, com a distribuição de materiais informativos.

Com o slogan “Não dá pra vacilar. Mais uma vez, tem que vacinar”, a ação tem o objetivo de manter a erradicação da paralisia infantil no país. A meta é atingir cerca de 67 mil crianças campineiras – o que representa 95% das crianças menores de cinco anos na cidade.

Já são 20 anos sem a doença no Brasil, graças à estratégia que alia as campanhas anuais, vacinação de rotina e vigilância de casos. Por isso, segundo a Vigilância em Saúde de Campinas, é muito importante que os responsáveis pelos menores de cinco anos levem as crianças aos postos de vacinas nas duas etapas da campanha todos os anos.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. “Vacinar todos ao mesmo tempo é fundamental para garantir a erradicação da doença, pois funciona como uma barreira para o vírus da pólio que ainda circula em países da África e da Ásia”, afirma a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde Municipal.

Sobre a vacina. Oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a poliomielite está disponível durante todo o ano nos centros de saúde e é também oferecida durante as campanhas de vacinação de rotina. Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Mesmo assim, é importante que os menores de cinco anos de idade tomem anualmente as duas doses distribuídas na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite.

Existe um movimento mundial de erradicação da pólio. Ela é uma doença endêmica, ou seja, sua transmissão é constante, em quatro países: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 15 países têm registro de casos importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benim, Angola, Togo, Burkina Faso, Niger, Mali, República Central da África, Chade, Costa do Marfim, Gana, Nepal e República Dominicana do Congo. Segundo a Vigilância em Saúde de Campinas, o fato de o Brasil ter comércio com alguns desses países faz com que exista um fluxo migratório entre as nações, o que aumenta o risco de reintrodução do vírus. Portanto, é fundamental manter a vigilância e as crianças protegidas.

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