Campinas reforça divulgação da Campólio

15/09/2009

Autor: Denize Assis

Para garantir a presença do maior número possível de crianças menores de cinco anos aos postos de vacinação na segunda etapa da Campólio, no sábado, dia 19 de setembro, a Secretaria de Saúde de Campinas vai reforçar, a partir desta segunda-feira, dia 14, a campanha de conscientização junto aos pais e responsáveis.

O reforço se dará por meio de uma ampla distribuição de folders e fixação de cartazes nas unidades de saúde e em outros locais públicos e privados de grande fluxo de pessoas. A Secretaria também conta nesta semana com a colaboração da mídia na propagação das informações.

Na região Sudoeste, além do reforço na convocação aos pais, as equipes de saúde iniciaram nesta segunda-feira, dia 14, a vacinação em escolas e creches. O objetivo é garantir a máxima adesão. A meta, somente nesta região, é vacinar pelo menos 21 mil crianças.

Em todo o município, a proposta da segunda fase é atingir cerca de 67,5 mil crianças menores de cinco anos – o que representa 95% da população nesta faixa etária em Campinas. Cerca de 290 postos de vacinação, fixos e volantes, vão funcionar em toda a cidade. Serão aproximadamente 1,3 mil pessoas mobilizadas na campanha, que contará com a utilização de 120 veículos. A primeira etapa foi realizada em 20 de junho e atingiu 88% do público alvo.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há circulação do vírus da poliomielite no Brasil e em toda a América Latina. Esse resultado é uma consequência das campanhas de vacinação realizadas desde a década de 1980. Mas, para garantir esta condição, é importante vacinar as crianças, nas campanhas e na rotina.

“Nossa missão é garantir que o vírus da pólio continue erradicado”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Campinas, a sanitarista Brigina Kemp.

A sanitarista recomenda que pais e responsáveis com sintomas de gripe transfiram a outras pessoas de confiança o compromisso de levar as crianças aos centros de saúde. “Se não for possível, a pessoa deve adiar a vacinação até o desaparecimento dos sintomas, para reduzir o risco de transmissão. Mas em hipótese alguma a criança pode ficar sem a vacina”, informa.

Outra recomendação é que a criança seja conduzida ao centro de saúde pelo menor número de pessoas possível. “O ideal é que seja um responsável só, para evitar o risco de contágio pela gripe. Crianças com quadro febril devem procurar um médico e, sob orientação profissional, adiar a vacinação para quando estiver melhor”, diz.

Rubéola. Brigina informa que, especialmente nesta segunda fase da Campólio, a Secretaria de Saúde está convocando todas as mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos que não participaram em 2008 da Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola para que compareçam aos Centros de Saúde para tomar a vacina contra a doença. Entre este público estão incluídas as mulheres que na época estavam grávidas ou as que tinham 19 anos.

Sobre a vacina contra a pólio. Oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a poliomelite está disponível durante todo o ano na rotina dos centros de saúde e nas campanhas de vacinação. Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Mesmo assim, é importante que até os cinco anos de idade elas tomem anualmente as duas doses distribuídas na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite.

No mundo. Existe um movimento mundial de erradicação da pólio. Ela é uma doença endêmica, ou seja, sua transmissão é constante, em quatro países: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 15 países têm registro de casos importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benim, Angola, Togo, Burkina Faso, Niger, Mali, República Central da África, Chade, Costa do Marfim, Gana, Nepal e República Dominicana do Congo.

Segundo a Secretaria de Saúde, o fato de o Brasil ter comércio com alguns desses países aumenta o risco de a doença ser reintroduzida em nosso meio. Portanto, é fundamental manter a vigilância e as crianças imunizadas.

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