Ouro Verde implanta Projeto Hospitalhaços

18/09/2009

Autor: Da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde

O Complexo Hospitalar Ouro Verde, dentro do seu compromisso de se firmar como modelo no campo da humanização, passa contar a partir deste sábado, dia 19 de setembro, com os serviços da Associação Hospitalhaços.

Com mais de 500 voluntários, a Hospitalhaços desenvolve atividades lúdicas, reforçadas pela figura do palhaço, em hospitais públicos e beneficentes. Com a inclusão do Ouro Verde na sua agenda, a Hospitalhaços passa a atuar em onze hospitais da Região Metropolitana de Campinas.

Na manhã desta última terça-feira, dia 15, no auditório do Hospital, a Associação fez uma apresentação para gestores, médicos, enfermeiros e demais funcionários do Ouro Verde. O Palhaço “Picolé” (Antônio Carlos) cuidou de mostrar a todos como atuam os Hospitalhaços.

Com sua bengala, instrumentos sonoros, bichigas e outros brinquedos, além de muita criatividade, o palhaço falou do valor do trabalho voluntário, da importância da humanização no ambiente hospitalar e dos resultados positivos conseguidos pela Associação.

O médico Gilberto Scarazatti, superintendente do Hospital Ouro Verde, após a apresentação do palhaço “Picolé”, explicou que a parceria com os Hospitalhaços “é uma importante novidade dentro da proposta da humanização e da transformação terapêutica. Essa iniciativa – ressalta o superintendente – vem se somar a outras posturas adotadas por nosso hospital como, por exemplo, as vistas abertas em que os familiares têm uma importante participação na terapêutica”.

Segundo Scarazatti, está mais do que comprovado que esse tipo de terapia lúdica consegue resultados positivos onde é implantada. “É importante porque não envolve apenas os pacientes, trabalha junto com os familiares, acompanhante e até com os médicos e enfermeiros. Sempre daremos todo apoio a essas propostas que diminuem o estresse hospitalar, o tempo de internação, a aceitação do tratamento e que contribuam com a humanização do atendimento, que é a nossa maior bandeira neste Hospital”, afirma o médico.

Essa justificativa é compartilhada pela assistente social do Hospital, Alessandra Mariza Pereira, uma das responsáveis pela formalização da parceria com os Hospitalhaços. Alessandra informa que o trabalho dos Hospitalhaços irá além da ala de pediatria do Ouro Verde. Segundo ela, os palhaços vão trabalhar, também, nas clínicas que atendem adultos e idosos. “Não podemos esquecer os pacientes que não são mais crianças, mas que sofrem, vítimas do abandono e da solidão. Para essas pessoas a presença dos hospitalhaços vai ter a mesma importância na recuperação da autoestima e, ainda, para a diminuição do tempo de internação”, argumenta a assistente social.

Para o coordenador da Associação Hospitalhaços, Mário Eduardo Paes, estender as atividades para o Ouro Verde é uma conquista e a realização de um sonho. “Nós conhecíamos o Hospital, os avanços, as inovações e sua importância para essa região. Então, já há algum tempo a gente vinha acertando essa aproximação, pois nossa intenção é atuar no maior número possível de instituições”, afirma o coordenador. Ele lembra que o Ouro Verde é o décimo primeiro hospital que faz parceria com a Hospitalhaços na Região Metropolitana de Campinas.

Mais sobre o Complexo Hospitalar Ouro Verde. Inaugurado em junho de 2008, o Complexo Hospitalar Ouro Verde, na região sudoeste da cidade (avenida Ruy Rodrigues, 3.434, Jardim Santa Letícia), é o segundo hospital municipal de Campinas – a cidade conta também com o Hospital Municipal Mário Gatti, na região sul.

A unidade funciona integrado com os outros hospitais públicos - Celso Pierro, da Puc-Campinas; HC, da Unicamp; e o Hospital Municipal Mário Gatti – e é referência para uma população de aproximadamente 400 mil habitantes moradores das regiões sudoeste, noroeste e sul da cidade, que constituem uma população 90% SUS dependente.

Atualmente, conta com 100 leitos, de um total de 220 que vão funcionar quando o hospital estiver com sua capacidade total. Desde novembro de 2008, realizou somente na pediatria – atualmente o principal foco do hospital -, 580 internações, sendo 180 na UTI.

O Complexo atua integrado com o Pronto-Socorro Ouro Verde que atende a 15 mil pessoas por mês, sendo este o maior movimento em prontos-socorros públicos na cidade. Atua com classificação de risco.

O investimento para colocar o complexo hospitalar em funcionamento foi de R$ 60 milhões. Sua inauguração constituiu-se num grande avanço. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, além de minimizar o déficit na assistência pública hospitalar, o Ouro Verde sanou a desigualdade regional e garantiu a eqüidade no município.

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