Segunda etapa da vacinação contra a pólio acontece neste sábado, dia 19

18/09/2009

Autor: Denize Assis

Com o slogan “Não dá pra vacilar. Mais uma vez, tem que vacinar”, a Secretaria de Saúde de Campinas promove neste sábado, 19 de setembro, a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta é atingir pelo menos 67,5 mil crianças – o que representa 95% da população com menos de cinco anos no município.

Trezentos postos de vacinação vão estar disponíveis para atender a população em todas as regiões da cidade. Nas áreas de difícil acesso, como zona rural, haverá postos móveis. Serão aproximadamente 1,3 mil pessoas trabalhando na campanha, que contará com a utilização de cem veículos.

Segundo o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, é necessário mobilizar, além dos profissionais de saúde, toda sociedade para atingir o maior número de crianças possível num único dia. Na primeira etapa, realizada em 20 de junho, Campinas alcançou uma cobertura de 88%.

Com esta diretriz, a Prefeitura iniciou esta semana a divulgação da campanha nos bairros, por meio de cartazes e folhetos e de informações divulgadas pelas equipes de saúde da família. Peças publicitárias foram veiculadas em emissoras de rádio e televisão. Também houve apoio importante da Rádio Educativa.

Para esta etapa, Campinas recebeu cerca de 120 mil doses contra a poliomielite. Além da gotinha contra a pólio, também estarão disponíveis nos centros de saúde outras vacinas do calendário nacional, como a tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e infecções por haemófilo), tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), rotavírus e hepatite B. Por isto, é importante levar a carteira de vacinação, embora a falta dela não impeça a criança de tomar as gotinhas.

Influenza A. Excepcionalmente este ano, para minimizar o risco de infecção pela Influenza A (H1N1), seguindo recomendação da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde, a Vigilância em Saúde orienta que crianças com sintomas gripais adiem a vacinação até o desaparecimento dos sintomas, para reduzir o risco de transmissão. “Mas em hipótese alguma a criança pode ficar sem a vacina”, diz a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde de Campinas.

A regra vale também para pais e responsáveis com sinais de gripe, que devem transferir a outras pessoas de confiança o compromisso de levar as crianças aos centros de saúde.

Outra recomendação é que a criança seja conduzida ao centro de saúde pelo menor número de pessoas possível. “O ideal é que seja um responsável só, para reduzir o risco de contágio”, afirma.

No momento da vacinação, será solicitado aos pais e cuidadores que abram a boca da criança para a administração da dose, como forma de evitar contato direto com a saliva.

Para evitar aglomerações, as equipes de saúde foram orientadas a gerenciar o fluxo de crianças. Em todos os pontos da campanha, serão dadas orientações quanto à higienização das mãos. Os cuidados devem ser seguidos com rigor também pelas equipes que vão trabalhar na campanha.

Erradicação. A estratégia de aplicar a Vacina Oral contra a Poliomielite (VOP) em massa foi adotada em 1980, quando foi realizado pela primeira vez o Dia Nacional de Vacinação contra a doença. Essa estratégia levou à erradicação da doença em território nacional. O último caso de pólio foi registrado em 1989, em Sousa, na Paraíba. No Estado de São Paulo, em 1981. Em Campinas, o último caso de poliomielite foi verificado em 1980.

A vacina contra a pólio é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. O vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia e causou centenas de casos nos últimos anos.

Rubéola. Além das crianças menores de cinco anos, a Secretaria de Saúde convida todas as mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, que não participaram em 2008 da Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola, a comparecer aos Centros de Saúde para tomar a vacina contra a doença. Entre este público estão incluídas as mulheres que na época da campanha em 2008 estavam grávidas ou as que tinham 19 anos.

A vacinação vai das 8h da manhã às 5h da tarde. Informações sobre locais de vacinação podem ser obtidas pelo telefone 156, da Prefeitura, ou pelo Disque Saúde Campinas, o 160. Endereços dos postos também estão disponíveis pelo endereço eletrônico www.campinas.sp.gov.br/saude

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