Autor: Denize Assis
Dados do balanço parcial da segunda etapa da Campanha Nacional contra Poliomelite apontam que mais de 40,8 mil crianças menores de cinco anos receberam as gotinhas em Campinas neste sábado, 19 de setembro. Isso representa uma cobertura de 57,5% do total da população dessa faixa etária – 71 mil.
Esse primeiro número reflete os dados consolidados até as 16h do dia, sem incluir os postos volantes. O balanço final do dia será divulgado na segunda-feira, dia 21, às 12h. Embora parciais, a Secretaria de Saúde avalia que os números indicam o bom desempenho das vigilâncias em saúde distritais na vacinação.
A meta estabelecida pela Secretaria de Saúde é vacinar ao menos 67,5 mil crianças menores de cinco anos em todo município – 95%. Para chegar a um índice tão alto, foram montados em Campinas 300 postos de vacinação, onde trabalharam 1,3 mil pessoas. Foram utilizados mais de 100 veículos. A primeira etapa foi realizada no dia 20 de junho e atingiu 88% da população-alvo.
A abertura da Campanha ocorreu no Centro de Saúde da Vila Ipê (região sul da cidade), com a presença do Secretário Municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, e da coordenadora da Vigilância Epidemiológica Municipal, a sanitarista Brigina Kemp.
“É muito importante que pais, avós, responsáveis, tios e parentes conduzam todas as crianças até cinco anos aos postos de vacinação. O Brasil erradicou a poliomielite desde 1989, mas ela ainda circula em alguns países do mundo. A única maneira de mantermos essa condição é a vacinação de todas as crianças”, afirmou o secretário.
Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. “Mesmo assim, é importante que, até completar cinco anos de idade, elas tomem anualmente as duas doses distribuídas na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite”, reforçou Brigina Kemp.
Quem segue à risca a recomendação é Aline dos Reis Pereira, de 26 anos, e mãe de Júlia, de 9 meses. Ela chegou logo na primeira hora da campanha no Centro de Saúde Vila Ipê. “É muito importante. Além de vacinar Júlia, aproveitei para fazer a dose contra a rubéola, já que no ano passado, na campanha para a erradicação desta doença, eu estava grávida e não pude tomar”, disse.
Quem também compareceu logo cedo à unidade da Vila Ipê foi Ana Cristina Luciano, 31 anos. “Trouxe a Karina, de três meses. Minha outra filha, Kamila, de 3 anos, já foi vacinada durante esta semana na escola. Acho fundamental. Não deixo atrasar a carteira de vacinas dos meus filhos”, disse.
Além da gotinha contra a pólio, também foram disponibilizadas nos postos vacinas contra outras doenças, como difteria, tétano, coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola e hepatite. Mulheres de 20 a 39 anos, que não participaram da Campanha para a Eliminação da Rubéola em 2008, puderam tomar a sua dose.
A vacina contra a poliomelite é oferecida pelo Sistema Único de Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Além da distribuição nas duas etapas da campanha, ela fica disponível nos centros de saúde durante todo o ano. A poliomelite é uma infecção grave causada por vírus que provoca lesões no sistema nervoso podendo matar ou provocar a paralisia dos membros (pernas e braços). A doença é transmitida via oral.
