Campanha de vacinação contra a pólio Prossegue em Campinas até 25 de setembro

22/09/2009

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas prorrogou a Campanha contra a Poliomielite (Paralisia infantil) no município até 25 de setembro. O objetivo é melhorar a cobertura vacinal que foi de 78,55% - o equivalente a 55.883 - no sábado, 19, no primeiro dia da vacinação. A meta é atingir 95% das crianças menores de cinco anos, conforme preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). A prorrogação foi recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os municípios brasileiros que não conseguiram alcançar este índice. Em Campinas a população com até 5 anos é de 71 mil pessoas.

A vacinação continua em todos os centros de saúde de Campinas, no horário de funcionamento das unidades. Portanto, todas as crianças menores de cinco anos, independente de terem sido vacinadas na primeira fase, em junho, e de terem tomado várias doses em anos anteriores, precisam receber novamente as gotinhas.

Além da vacina contra a poliomielite, as crianças que forem aos centros de saúde poderão colocar em dia sua caderneta de vacinação. Portanto, é importante que os pais levem este documento, embora a falta dele não impeça a vacina contra a pólio.

Excepcionalmente este ano, a orientação do Ministério da Saúde é que crianças com sintomas de gripe esperem desaparecimento dos sinais da doença ou a liberação do médico para tomar a dose. Pais e responsáveis com síndrome gripal devem delegar a outras pessoas de confiança a tarefa de levar a criança ao centro de saúde. O objetivo é reduzir o risco de transmissão do vírus da nova gripe A (H1N1).

A enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, informa que em vários países do mundo a poliomielite ainda está presente. Por isso, afirma Brigina, o risco de reintrodução em nosso meio ainda existe e as ações de controle têm que estar em dia.

“Este ano, já são centenas de casos em países da Ásia e da África o que, mais uma vez, comprova que a poliomielite ainda persiste no mundo e mantém elevado o risco de reintrodução do vírus selvagem em países que já não registram mais casos. Isto reforça que é preciso manter a estratégia que garantiu ao Brasil a erradicação da pólio, que inclui as campanhas em massa realizadas em duas etapas todos os anos. A ação, que é uma das mais importantes de saúde pública, não só mantém o país livre da paralisia infantil, como também integra uma rede mundial em busca da eliminação desta doença”, disse o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das estratégias mais importantes para erradicação da doença em todo o mundo.

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