Campinas amplia faixa etária de atendimento do pediatra para 18 anos

02/09/2010

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas vai ampliar a faixa etária de atendimento do pediatra até os 18 anos na Rede Básica de Saúde e, para a rede de pronto atendimento, até os 16 anos. A ampliação está em consonância com as recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Até então, o pediatra atendia pessoas até 12 ou 14 anos e o clínico atendia a partir dos 18 anos. Para o público neste intervalo de idade – entre 12 e 18 anos – havia uma indefinição quanto ao profissional de saúde responsável pelo atendimento.

Na preparação dos profissionais para a atenção ampliada a esta faixa etária, a Secretaria de Saúde iniciou processo educativo em Saúde do Adolescente que ocorre até dezembro, sempre às terças-feiras, à tarde e às quintas-feiras, de manhã.

O público a ser capacitado são médicos da rede básica, enfermeiros e profissionais de saúde mental não-médicos. Também estão incluídos dois profissionais de nível universitário que representam os Centros de Atenção Psicossocial Caps-i e SADA. Estes profissionais participaram nesta terça-feira, dia 31 da terceira etapa da capacitação, na Faculdade Anhanguera de Campinas (FAC). O encontro discutiu “intersetorialidade e clínica ampliada” e contou com a participação de equipes da Secretaria de Educação.

O processo educativo tem como objetivo qualificar os profissionais para o cuidado integral e inter-setorial ao adolescente, além de estimular o trabalho em equipe e as ações entre todas as secretarias envolvidas com este segmento para a promoção e prevenção em saúde. Visa, ainda, criar redes de solidariedade na atenção ampliada ao adolescente.

Segundo o médico pediatra Rober Tufi Hetem, do Departamento Municipal de Saúde, a capacitação inclui temas como a adolescência em Campinas; Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e movimentos dos adolescentes; sexualidade e temas afins; substâncias psico-ativas; abordagem cotidiana da adolescência; temas clínicos comuns; a violência na adolescência; escola e trabalho; alimentação e temas afins.

Além de discutir estes assuntos, uma vez por mês também serão promovidos os encontros de rede entre as equipes de saúde em processo de capacitação e os representantes da Educação, Cultura, Assistência Social e ONGs.

A médica pediatra Maria Fernanda Costa Haddad, da Secretaria de Saúde, explica que, com a mudança na faixa etária de atendimento, o Município espera aumentar a adesão dos adolescentes às ações de saúde. “Vamos ampliar o acesso, qualificar a assistência e, desta forma, esperamos estabelecer um vínculo maior com esta população”, diz.

A próxima etapa da capacitação ocorre no dia 9 de setembro e vai discutir sexualidade e temas afins como gravidez, contracepção, Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids) e identidade sexual na adolescência.

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