Campinas participa de seminário em Brasília sobre a Saúde do Homem

14/09/2010

Autor: Marco Aurélio Capitão

O secretário municipal de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva e a coordenadora do Programa Municipal de Saúde do Homem e do Idoso, a médica Jane Márcia de Moura Emídio Dias, participam nesta segunda e terça-feira, 12 e 13 de setembro, do Seminário Internacional Saúde do Homem nas Américas. O evento que acontece na Sala Santiago Dantas, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, conta com a participação de quinze países americanos e tem por objetivo estabelecer estratégias para a implementação de um projeto regional de cooperação técnica entre os países da região Sul-Americana.

Representantes do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Equador, Peru, Venezuela, Costa Rica, Cuba, México, Barbados, Guatemala e Canadá reuniram-se neste primeiro dia do seminário para trocar experiências na promoção da saúde masculina analisando estratégias e ações desenvolvidas em cada um desses países.

“Dada a importância do assunto, considerando o alto índice de mortalidade de homens por câncer, violência, doenças cárdio-casculares, entre outros agravos, temos que elaborar uma política integrada para a América Latina, com trocas permanentes de projetos e monitoramento dos resultados”, afirmou o secretário José Francisco Saraiva. Segundo ele, o encontro em Brasília tem a proposta de elaborar um relatório que será encaminhado para as secretarias de saúde de todos os países participantes.

O secretário de saúde campineiro reiterou que a displicência masculina na prevenção à saúde é um problema que afeta a grande maioria dos homens na faixa de idade entre 18 e 60 anos, em todas as Américas. “É uma questão cultural ampla que precisa ser trabalhada, pois o diagnóstico precoce é uma estratégia fundamental na luta contra doenças que poderiam ser evitadas se o homem adquirisse o hábito de frequentar consultórios médicos, a exemplo do que já fazem as mulheres”, explica.

O seminário é uma realização dos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores, com o apoio do Fundo de População das Nações Unidas, da Agência Brasileira de Cooperação, da Organização Pan-Americana da Saúde e GTZ, organismo de cooperação alemã.

No Brasil, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem foi criada pelo Ministério da Saúde na edição de um conjunto de Portarias – 1944 a 1946/2009 e 3209/2009 –, tendo por objetivo facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. A iniciativa é uma resposta à observação de que as doenças que afetam o sexo masculino são um problema de saúde pública. A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens.

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