Autor: Marco Aurélio Capitão
Discutir os tipos de aplicação do monitoramento de populações expostas a contaminantes ambientais e biológicos é o tema central do Curso Toxicologia Aplicada à Saúde Ambiental, que acontece de 13 a 17 de setembro, no Hotel Vitória Cambuí Residence, em Campinas. Nesta terça -feira, dia 14, a capacitação é dirigida a equipes que atuam na área de saúde ambiental dos cinco Distritos de Saúde de Campinas e, ainda, a profissionais de saúde dos municípios de Jundiaí, Várzea Paulista, Diadema, Valinhos e Brasília (DF).
O evento é organizado pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, pelo Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde (Cets) e pela Faculdade de Ciência Médicas (FCM) da Unicamp. Participam do evento representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE-17).
Janete Navarro, coordenadora da Vigilância em Saúde Ambiental da Covisa, explica que o Curso Toxicologia Aplicada à Saúde Ambiental é o primeiro a ser realizado em Campinas e o segundo no País. “É um investimento importante do SUS na área ambiental, pois precisamos de políticas públicas integradas para a definição de estratégias e criação de instrumentos de gestão relacionados à contaminação do solo e seus efeitos à saúde humana e ao ambiente”, afirma Janete.
Ao final desse curso, conforme explica a coordenadora, o participante deverá estar apto, entre outras coisas, a aplicar os conhecimentos da toxicologia ambiental no desenvolvimento das ações de vigilância em saúde ambiental, identificar as características de exposição, vias, duração e freqüência da exposição, bem como as fases da exposição, intoxicação e da geração de efeitos clínicos. A capacitação se propõe, ainda, a avaliar os agravos à saúde decorrentes de contaminantes e poluentes ambientais.
O médico toxicologista Herling G. A. Alonzo, mestre e doutor em Saúde Coletiva da Unicamp, um dos coordenadores dessa capacitação, esclarece que a contaminação ambiental por substâncias químicas representa riscos à saúde pública. Segundo Alonzo, a mobilidade ou transporte dessas substâncias pode influenciar na qualidade da água e do ar. Ele ressalta a importância desse curso, em Campinas, que “vai fornecer subsídios para ações de prevenção, identificação de agravos e atualização do Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Solo Contaminado (Sissolo). Essas ferramentas serão úteis para intervenções em Campinas e em qualquer região onde haja esse tipo de agressão ambiental”.
