Eventos pelo Dia do Alzheimer mobilizam pacientes, cuidadores e profissionais de saúde

21/09/2010

Autor: Denize Assis

Para marcar o Dia Mundial e o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer, em 21 de setembro, a Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da coordenação da Saúde do Adulto e do Idoso, promove na próxima sexta-feira, 24, uma palestra sobre a doença, declínio da função mental e orientações.

Aberto à comunidade, o evento ocorre a partir das 8h30, no Salão Vermelho da Prefeitura, na avenida Anchieta, 200. Não é necessário se inscrever antes. A palestra será proferida pela médica neurologista, Grace Helena Letro, professora da Faculdade de Ciências Médicas da PUC-Campinas.

O objetivo é disseminar informações sobre a doença e como ela afeta a vida das famílias. A data também é importante no sentido de chamar a atenção sobre a importância de detectar, o quanto antes, os principais sintomas que afetam os idosos e estimular a busca de diagnóstico médico e tratamento.

O Sistema Único de Saúde (SUS) de Campinas conta com equipes capacitadas para acolher e acompanhar os portadores da doença, disponibiliza medicação para o controle e conta com o Centro de Referência à Saúde do Idoso (CRI) para onde são encaminhados os pacientes que necessitam de reabilitação. Frequentemente são promovidas capacitações das equipes da rede pública municipal de saúde e oferecidos cursos de farmacoterapia.

Também em Campinas, a ABRAz, Associação Brasileira de Alzheimer, promove nesta terça-feira, a partir das 19h, no auditório da Unimed, fórum de discussão sobre a doença. A Unimed fica na avenida Barão de Itapura, 1.123, no Guanabara.

No dia 21, na sede social do Clube de Cultura Artística, na rua Irmã Serafina, 937, Centro, acontece outro fórum de discussão sobre as falhas comuns de memória na velhice e os declínios inerentes à doença de Alzheimer e Exposição Fotográfica “Instantes”.

Em todo Brasil, a ABRAz promove atividades, por meio das suas regionais e sub-regionais. Os trabalhos incluem caminhadas, seminários, cursos e outras iniciativas para disseminar informação e promover mobilização social.

O Dia Mundial da Doença de Alzheimer foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Associação Internacional de Alzheimer (ADI), em 1994.

No Brasil, em 10 de julho de 2009 foi sancionada a Lei nº 11.736 que institui a data de 21 de setembro como Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Essa lei foi uma iniciativa do senador Tião Viana para garantir que a população seja conscientizada sobre o reflexo dessa doença na sociedade.

Saiba sobre a doença. A doença de Alzheimer, em geral, acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem. Entretanto, pode atingir também outras regiões do cérebro e, assim, comprometer outras funções.

A causa da doença ainda é desconhecida e, embora ainda não haja medicações curativas, já existem drogas que atuam no cérebro tentando bloquear sua evolução, podendo, em alguns casos, manter o quadro clínico estabilizado por um tempo maior. O médico é o melhor conselheiro e apenas ele é capaz de avaliar a necessidade do uso dessas medicações.

É importante informar que, apesar de não haver tratamento curativo, é possível fazer muito em prol desses pacientes através de cuidados específicos e dirigidos a cada fase evolutiva, melhorando em muito a qualidade de vida dessas pessoas.

A Doença de Alzheimer recebeu este nome depois que o Dr. Alois Alzheimer descreveu, em 1906, as mudanças ocorridas no tecido cerebral de uma mulher que faleceu em decorrência do que era conhecido como uma forma de doença mental no idoso. Essas mudanças atualmente são reconhecidas como características da alteração do tecido cerebral na doença de Alzheimer.

A doença afeta todos os grupos da sociedade, não tendo influência a classe social, o sexo, o grupo étnico ou a localização geográfica. Embora seja mais comum em pessoas idosas (70% dos casos), também as pessoas jovens podem ser afetadas.

Os dados sobre a doença de Alzheimer não são precisos porque a enfermidade não é de notificação compulsória. A estimativa é que existam atualmente 36 milhões de pessoas no mundo vivendo com demência e é esperado que esse número alcance 66 milhões em 2030 e 115 milhões em 2050. No Brasil, estima-se que haja cerca de 1 milhão e 200 mil pacientes, com a incidência de 100 mil novos casos por ano. A doença de Alzheimer é responsável por 50 a 60% das ocorrências. As demências constituem-se em uma das maiores causas de incapacidade na velhice.

Volta ao índice de notícias