Autor: Diego Geraldo e Marina Avancini
A taxa de mortalidade infantil em Campinas atingiu o índice de 9,02 no ano passado, registrando queda de 12,68% em relação a 2010, quando foi de 10,33. O cálculo é baseado no primeiro ano de vida de cada mil nascidos vivos. No Estado de São Paulo, o índice é de 11,5%, que representa queda de 31% nos últimos onze anos, de acordo com a Secretaria de Saúde estadual. Na cidade, em 2000, o índice era de 13,25. Em 11 anos, a diminuição foi de 31,92 %.
O secretário municipal de Saúde, Fernando Brandão, analisa que o cuidado maior na atenção básica e o investimento na rede hospitalar foram os responsáveis pela queda.
"Campinas é uma das poucas cidades grandes do país em que o índice está abaixo de dois dígitos, e isso é muito importante. E essa queda é de responsabilidade o intenso investimento na área. A qualificação deste índice começa no planejamento familiar, passando pelo pré-natal feito nas unidades básicas de saúde. Também melhoramos a vigilância nos casos com potencialidade de desenvolver uma gestação de risco, minimizando e se preparando para as possíveis complicações", explicou Brandão.
O secretário também destacou os investimentos feitos na área hospitalar. Em Campinas, o Hospital Celso Pierro e a Maternidade de Campinas são conveniados da Prefeitura para o atendimento das gestantes. Além deles, a Unicamp também realiza atendimentos.
Investimentos
A secretaria planeja diminuir ainda mais o índice. "Estamos entre os melhores do Brasil, mas é necessário investir mais para chegar a níveis parecidos com países desenvolvidos, perto de 5 óbitos a cada mil nascidos vivos", disse o secretário.
Para isso, além de investir mais na atenção básica, Campinas entrou na Rede Cegonha, do Governo Federal. Neste ano, a Maternidade já está recebendo R$ 407 mil todo mês para custeio e reformas. O Celso Pierro recebeu R$ 70 mil mensais. Todas as verbas são federais.
Rede Cegonha
A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde fundamentada nos princípios da humanização e assistência para mulheres, recém-nascidos e crianças. Ela assegura o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e pós-parto; além do direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Ela tem por objetivos criar um novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança. Investindo na rede de atenção que garanta acesso e acolhimento, causando a redução da mortalidade materna e neonatal.
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Foto de Carlos Bassan. Bebê sendo amamentado pela mãe. |
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Foto de Arquivo/PMC. Bebe recebe dose de vacina. |