Baixa umidade faz aumentar casos de doenças respiratórias

10/09/2012

Autor: Gustavo Bezerra

A baixa umidade relativa do ar e o período de quase 60 dias sem chuvas fez com que aumentassem os registros de casos de doenças respiratórias no Pronto Socorro Adulto (PSA) do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. No último mês, houve um aumento de cerca de 50% de atendimentos nessas patologias com relação ao mês anterior. As doenças mais comuns encontradas pelo corpo médico são febre alta, gripe forte, alergias, tosses compridas (ou coqueluche), entre outras.

A emergencista e coordenadora do Pronto Socorro Adulto (PSA), Rita Ferreira, afirma que, persistindo a doença, o ideal é procurar uma unidade de saúde básica do seu bairro. "Passadas 24 horas e a febre ou a gripe permanecer, a pessoa deve recorrer urgente à unidade de saúde para ser avaliada", explica. "Com o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar, a prevenção é o melhor caminho. Por isso, deixar toalhas molhadas nos cômodos e beber pelo menos 2 litros de água por dia ajuda bastante", completa.

Além disso, a inalação diária após a constatação do problema respiratório auxilia no desaparecimento da doença. Evitar locais fechados e com grandes aglomerações também são ideais nessa época do ano. A propagação de doenças nessas condições é bastante grande.

Com muita tosse, o filho da empregada doméstica Juliana Lalesca, Caio Henrique, de sete meses, precisou ser levado ao Pronto Socorro Infantil do Mário Gatti. O bebê foi diagnosticado com coqueluche. "De um mês pra cá, percebi que ele estava tossindo muito e a tosse não parava", disse Juliana.

De acordo com o Ministério da Saúde, a coqueluche é uma moléstia infectocontagiosa aguda do trato respiratório transmitida pela bactéria Bordetella pertussis e deve ser tratada para não evoluir para quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e desidratação. Caio foi medicado no hospital e deve continuar o tratamento em casa.

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