Projeto Iluminar desenvolvido no HMMG é exemplo para outras cidades

06/09/2013

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O Hospital Municipal Dr. Mário Gatti recebeu nesta quinta-feira, 5 de setembro, profissionais de saúde, de educação e de segurança de São José dos Campos, que vieram conhecer o Iluminar, projeto de Política Pública de cuidado às vítimas de violência sexual. O Iluminar faz parte do “Núcleo de Prevenção às violências doméstica e sexual” e atende toda a rede municipal, incluindo a Secretaria Municipal Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública. O objetivo da visita foi buscar informações que possam possibilitar a implantação do mesmo projeto em São José dos Campos.

No Mário Gatti, o Iluminar é desenvolvido no Pronto Socorro Infantil (PSI), que faz todos os atendimentos às crianças e aos adolescentes que sofrem violência sexual. A partir da chegada ao pronto atendimento, as vítimas recebem cuidados de uma equipe multiprofissional de acompanhamento psicológico e médico.

Segundo a gerente do PSI, Cassiana Kelly Sales, a preocupação das equipes é promover o melhor acolhimento às vitimas de violência sexual, para que elas se sintam seguras e sem constrangimento. “Todo o processo de trabalho é discutido e avaliado rotineiramente, para que possamos acolher essas crianças e adolescentes da melhor maneira possível”, disse.

Com a implantação do Iluminar, além de acompanhamento psicológico, as vítimas recebem atendimento médico específico para prevenir uma possível gravidez por estupro, doenças sexualmente transmissíveis, Aids e hepatite, que é feito pelo Caism da Unicamp (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher).

Além do acompanhamento inicial, o Iluminar tem por objetivo evitar, a partir do trabalho em rede, a revitimização, ou seja, que a vítima sofra uma nova. Além disso, visa quebrar a corrente de violência, cuidando das crianças, adolescente e dos homens.

Conquistas

Segundo a coordenadora do Iluminar, Verônica Gomes Alencar, uma das mais importantes vitórias do projeto foi possibilitar, para as vítimas de ambos os sexos e de todas as idades, assistência à saúde física e psicossocial. Para ela, no entanto, a mais importante conquista foi a quebra de paradigmas por parte das vítimas e das famílias. “Antes do Iluminar, as vítimas e familiares procuravam primeiro a polícia. Apenas 20% chegavam aos serviços de saúde em tempo hábil, ou seja, nas 72 duas horas fundamentais para a prevenção”, explicou.

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