Implantação
do serviço de quimioterapia no
Hospital Municipal ampliará atendimento de
oncologia para pacientes do SUS
O Hospital
Municipal "Dr. Mário Gatti" (HMMG) deu início, na última
semana, às obras para a instalação de um complexo oncológico
para tratamento com radioterapia e quimioterapia. O projeto,
previsto para ser concluído em 120 dias, implica na implantação
do serviço quimioterápico e, ainda, na reforma do prédio onde
funciona atualmente a radioterapia.
O serviço de
radioterapia, segundo Édson Malvezi, coordenador do Núcleo de
Apoio à Gestão do HMMGH, permanecerá em funcionamento durante
todo o tempo em que as obras prosseguirem.
Malvezi explica
que o serviço de quimioterapia está sendo montado para atender
cerca de trezentos pacientes/mês. Atualmente, o usuário do
SUS, em Campinas, pode fazer esse tratamento no Hospital de Clínicas
da Unicamp, no Celso Pierro, da PUC de Campinas e na Beneficência
Portuguesa.
"De
qualquer forma, o tratamento quimioterápico disponível na
cidade e região é insuficiente para oferecer um atendimento de
qualidade ao paciente", ressalta o coordenador. Ele
acredita que a implantação do serviço no Mário Gatti vai
minimizar o problema de muitos doentes que, hoje, enfrentam
longas filas de espera.
A obra, orçada
em R$ 113.252,00, foi planejada com recursos do próprio
Hospital. Robert Serafin Mejias, engenheiro responsável pela
manutenção predial do HMMG, conta que essa iniciativa só foi
possível "graças à racionalização do custeio e ao
empenho de cada setor que entendeu a importância e, assim,
colocou como prioridade a execução dessa obra".
Ao mesmo tempo
em que o setor de quimioterapia está sendo instalado, o prédio
da radioterapia, construído há mais de vinte anos, passa por
uma série de reformas. As obras incluem troca do piso, pintura
interna e reformulação de todo o sistema elétrico e hidráulico.
Enquanto isso,
a Diretoria do HMMG permanece com um olho na balança cambial e
com outro no tomógrafo da radioterapia. Isso porque a pastilha
de cobalto, principal componente do equipamento, custa 135 mil dólares.
O Departamento de Compras do hospital acredita que o valor da
moeda americana deva cair após as eleições.
Com a nova
pastilha de cobalto, o serviço de radioterapia do Mário Gatti
vai ampliar o número sessões, uma vez que o tempo de exposição
dos pacientes às
radiações ionizantes será menor.
Atendimento
integral
O Mário Gatti,
ao implantar esse complexo de oncologia, que inclui radioterapia
e Quimioterapia, segundo detalha a diretora administrativa
Hospital, Márcia Molina, oferecerá um "tratamento
integral" ao paciente de Câncer.
A diretora
esclarece que essa proposta inclui a formação de uma equipe
interdisciplinar formada por médicos oncologistas, psicólogos,
enfermeiros, e assistentes sociais.
"Dentro
dessa forma de atender, baseada em nosso Projeto de Humanização
Hospitalar, pretendemos dar todo o suporte físico e emocional
ao paciente", explica. Márcia Molina destaca que essa
"humanização" inclui, além da atenção especial ao
ao paciente, reuniões com familiares e acompanhantes.
O QUE É
QUIMIOTERAPIA
Tratamento clínico
com drogas que inibem proliferação celular. Esses
medicamentos, chamados quimioterápicos, atuam combatendo as células
doentes, destruindo e/ou controlando seu desenvolvimento. Podem
ser ministradas isoladamente (monoquimioterapia) ou combinadas (poliquimioterapia).
Sendo esta última a que apresenta resultados mais eficazes,
pois consegue maior resposta a cada aplicação, diminui o risco
de resistência às drogas e consegue atingir as células em
diferentes fases do seu ciclo.
O QUE É
RADIOTERAPIA
A radioterapia consiste na utilização de radiações
ionizantes para destruir células tumorais. Esse processo
danifica o material genético da célula do tumor e evita que
ela cresça e se reproduza. A quantidade de sessões, radiação
utilizada e o tempo de exposição é determinada pelo tipo e
tamanho do tumor.