A Secretaria de Saúde
vacina no próximo final de semana, 19 e 20 de outubro, cães e
gatos dos bairros localizados no eixo da avenida John Boyd
Dunlop, na Região Noroeste de Campinas, contra a raiva animal.
A atividade é mais uma etapa da Campanha de Vacinação Anti-Rábica,
que teve início em setembro. O Distrito de Saúde Noroeste quer
vacinar pelo menos 20.600 animais, 10% a mais do que na última
campanha.
Todos os
animais com mais de dois meses devem tomar a dose, mesmo os que
já foram vacinados este ano e até gatas e cadelas prenhes. A
vacina é gratuita e não tem contra-indicação. A Secretaria
de Saúde está fazendo uma convocação especial para que os
donos de gatos levem seus animais ao posto de vacinação, já
que estes felinos são caçadores naturais de morcegos, que
podem ser transmissores de raiva. Nas últimas campanhas, a
cobertura vacinal de gatos em Campinas tem sido baixa e vem
diminuindo ano a ano.
Nesta etapa da
Campanha, a Prefeitura vai disponibilizar 51 postos de vacinação.
No sábado, 19, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses e
do Distrito de Saúde Noroeste estarão em postos fixos e
volantes na Vila Perseu Leite de Barros, Vila Castelo Branco,
Jardim Garcia, Vila Padre Manoel de Nóbrega, Jardim Campos Elíseos,
Jardim Ipaussurama e Cidade Satélite Íris 1.
No domingo, 20,
as pessoas devem procurar os postos instalados no Jardim
Florence, Cidade Satélite Íris 3, Parque Floresta, Parque
Itajaí, Campo Grande, Jardim Novo Maracanã e Parque Valença.
Informações mais detalhadas sobre os postos de vacinação
podem ser obtidas pelo telefone 156 ou no Centro de Controle de
Zoonoses pelos telefones 3245 1219 ou 3245 2268 ou 3245 7181.
De acordo com o
veterinário Yuri Fernandes Feltrin, um dos responsáveis pela
Campanha na Região Noroeste, não há casos notificados de
raiva animal naquela área da cidade. No entanto, ele ressalta
que o vírus que causa a raiva circula em Campinas,
principalmente nas áreas urbanas. Isso potencializa o risco da
doença acometer, novamente, cães e gatos e também expõe mais
diretamente seus proprietários. "Por isso, é muito
importante que as pessoas vacinem seus cães e principalmente
gatos, já que esta é a única forma de prevenir a raiva",
diz Yuri.
Saiba mais
sobre a raiva animal em Campinas
A raiva animal
vem avançando em Campinas desde 2000, quando foram
identificados os primeiros casos da doença em herbívoros –
bois, cavalos, porcos e ovelhas - na região de Joaquim Egídio.
Em 2001, a doença atingiu também Sousas e a área rural do
Taquaral e o município confirmou 30 casos entre bovinos, eqüinos
e quirópteros - morcegos.
Em 2002, já
foram confirmados 23 casos em herbívoros e dois em morcego. A
maioria ocorreu na área de abrangência do Centro de Saúde
Taquaral, nos bairros Campo Belo, Bananal, Carlos Gomes, Recanto
dos Dourados e Gargantilha.
A ocorrência
da doença em animais que convivem próximos ao ser humano
aumenta a possibilidade da doença, sempre fatal, atingir o
homem. Por isso, é importante que as pessoas informem o Centro
de Saúde ou o Escritório de Defesa Animal se algum animal
morrer com suspeita de raiva ou por outro motivo desconhecido.
Ocorrências
No ano passado,
uma mulher morreu de raiva no Estado de São Paulo depois de ter
sido arranhada por seu gato, que tinha atacado um morcego
infectado pelo vírus rábico.
Em campinas, o
último caso de raiva em humano ocorreu em 1981. Em gato, o último
caso ocorreu em 1999, no Parque Santa Bárbara, na Região
Norte.
O CCZ ainda
lembra que as pessoas não devem tocar animais desconhecidos,
apartar brigas ou mexer em cadelas com filhotes para evitar
agressões. Em caso de acidentes com animais, a pessoa deve
procurar o Centro de Saúde mais próximo.
O CCZ também
informa que as pessoas não devem tocar em morcegos caídos,
mesmo que estejam mortos. Eles podem transmitir a raiva através
da saliva contida em seu corpo, já que têm o hábito de
lamber-se. Se alguém encontrar um morcego nestas condições, o
procedimento correto é acionar o CCZ.