Mário Gatti inicia ações para reduzir obesidade

16/10/2003

A partir desta quinta-feira, dia 16, o refeitório do Hospital Municipal Mário Gatti (HMMG) passa a exibir, no horário de almoço, uma tabela de calorias das refeições servidas aos funcionários. A iniciativa foi estimulada por uma pesquisa realizada no Mário Gatti que aponta um alto índice de obesidade entre os servidores.

A pesquisa fez parte da programação do Dia Mundial da Alimentação, celebrado no dia 16 de outubro de cada ano para comemorar a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), em 1945.

Em agosto e setembro, após avaliar um grupo de 362 funcionários do HMMG, os nutricionistas constataram que a maioria encontra-se acima do peso ideal, estabelecido pelo Consenso Latino-americano de Obesidade.

Segundo a avaliação, 52% das mulheres que trabalham no Mário Gatti estão acima do peso. Entre os homens, o problema é mais preocupante, sendo que 57% estão nessa mesma situação.  

Conscientização

Ângela Trentin, nutricionista e coordenadora da Área de Nutrição e Dietética do HMMG, explica que outro dado da pesquisa, que indica que 73% dos funcionários não praticam qualquer atividade física, está diretamente ligado ao aumento de peso dos entrevistados.

“Agora, em cima desses números, vamos iniciar um trabalho de conscientização, que começa com a implantação da tabela de calorias no refeitório”, explica a nutricionista.  

“Em seguida – completa ela – insistiremos no trabalho de informação, de preferência, em conjunto com a Unidade de Saúde do Trabalhador (UST) do Hospital”.  

A UST é responsável pela prática, em diversos setores do hospital, da ginástica laborial, baseada na terapia Liang Gong, de origem chinesa.  

Essa modalidade de terapia consiste num conjunto de 36 exercícios que une a medicina terapêutica à cultura física. Seu objetivo é, justamente, combater o sedentarismo e, conseqüentemente, reduzir o índice de adoecimento dos funcionários.  

Conforme explica a nutricionista, a obesidade é um fator de risco relevante para o surgimento de doenças crônicas como o diabetes tipo 2, cardiopatias, hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e certos tipos de câncer.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), é provável que 200 mil pessoas morram anualmente em decorrência destas complicações na América Latina.

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