Equipes visitaram 7.189 domicílios na 1ª etapa da pesquisa de cobertura vacinal

03/10/2007

Autor: Denize Assis

A secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, visitou 7.189 domicílios no último final de semana, dias 29 e 30 de outubro, durante a primeira etapa da pesquisa de cobertura vacinal em Campinas. No total, foram entrevistadas 326 crianças em 67 conglomerados em todas as regiões da cidade. A meta do estudo é avaliar, durante quatro finais de semana, 1.050 campineiros nascidos em 2005 em 150 lugares.

O objetivo da pesquisa é avaliar a cobertura vacinal – estimando a quantidade de crianças em dia com a vacinação e os respectivos percentuais de cobertura vacinal por regiões e para o município como um todo - e descobrir os motivos que impedem as crianças de completar oportunamente o esquema do calendário de rotina do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Os resultados trarão o retrato da realidade dos níveis de cobertura vacinal e fornecerão subsídios para novas estratégias de vacinação direcionadas a esse público.

O inquérito envolve mais de 50 profissionais, entre pesquisadores, supervisores, motoristas e coordenadores. A previsão é terminar a coleta de dados em quatro semanas e em seguida iniciar a análise das informações concluindo o estudo até o início de 2008.

A pesquisa é uma iniciativa da Vigilância em Saúde de Campinas e coincide com um outro estudo com a mesma metodologia que está sendo promovido pelo Ministério da Saúde em 26 capitais e no Distrito Federal.

Atualmente, a cobertura vacinal em Campinas tem sido calculada com base em dados administrativos registrados pelas unidades básicas de saúde em relação às doses aplicadas e levando em conta a população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na avaliação da Secretaria de Saúde, esses dados apresentam limitações e podem estar sujeitos a distorções de registro, imprecisões na estimativa de população alvo e outros erros. Um exemplo da imprecisão dessas estimativas é a ocorrência de epidemias como a de sarampo, em 1997 no Estado de São Paulo, e os surtos de caxumba e rubéola, ocorridos recentemente em vários locais do País, mesmo com os dados apontando altas coberturas vacinais.

Por isso, a Secretaria de Saúde, mais uma vez, ressalta que é importante o acesso dos pesquisadores e supervisores às famílias pesquisadas. Em Campinas, os moradores podem conferir a identificação desses profissionais antes de permitir a entrada na residência, por meio do telefone 156 da Prefeitura.

“O resultado é importante para aprimorar nosso trabalho e assegurar que todas as crianças estejam vacinadas adequadamente, evitando a constituição de grupos de pessoas não protegidas contra doenças que podem ser evitadas através de vacinas”, diz a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde (Visa) da Prefeitura.

Segundo a Visa, no primeiro final de semana, a receptividade da comunidade foi boa. “Antes da pesquisa, nos respectivos conglomerados, houve um bom trabalho dos agentes comunitários de saúde e a população recebeu muito bem as equipes. A maior dificuldade foi na região leste, para encontrar crianças dentro da coorte estipulada”, disse a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Visa.

A sanitarista informou que, no próximo final de semana, dias 6 e 7 de outubro, a pesquisa acontece em condomínios grandes e que é necessário que os síndicos permitam a entrada das equipes ou ofereçam outra alternativa de acesso às famílias. Os entrevistadores selecionados atuam devidamente identificados e foram treinados para a atividade, que é gratuita.

As entrevistas com os familiares ou responsáveis pelas crianças estão sendo realizadas aos finais de semana para garantir uma maior cobertura do inquérito. De acordo com a coordenação do estudo, a classificação das famílias foi feita com base em dados censitários do IBGE do ano de 2000. As informações obtidas são sigilosas e os resultados não serão divulgados nominando pessoas.

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