Campinas implanta SIGA-SAÚDE, Sistema de apoio à gestão das unidades de saúde

10/10/2007

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas deu início este mês à implantação do SIGA-SAÚDE, um sistema informatizado (software) de apoio à gestão das unidades de saúde. A inserção do novo software é a segunda etapa de informatização da rede pública municipal de saúde, que ocorre em parceria com a IMA, a companhia de Processamento de Dados do município. A primeira fase se deu com a Dispensação Individualizada de Medicamentos (DIM).

O SIGA-SAÚDE foi idealizado pelo Ministério da Saúde e desenvolvido em conjunto com a Prefeitura de São Paulo, tendo sido implantado primeiro no município de São Paulo. Campinas é o terceiro município no País a adotar o sistema.

Trata-se de um sistema on-line, 100% via internet, e funciona assim: Quando o paciente procura o Centro de Saúde ou outra unidade da rede pública de saúde, seus dados pessoais são digitados num terminal que, caso o paciente ainda não esteja cadastrado, emite imediatamente o cartão de identificação do paciente usado no sistema nacional de saúde, Sistema Único de Saúde (SUS).

Por meio desta identificação é possível recuperar todas as informações referentes aos tratamentos que já tenha recebido, quando e onde foi tratado, quais medicamentos está tomando, qual o diagnóstico e o encaminhamento dado e outras informações sobre seu histórico de saúde.

Além de gerar o histórico de saúde de cada paciente, o sistema permite controlar o fluxo e a organização dos serviços e encaminhá-lo para exames, especialistas ou para o Pronto-Socorro ou Hospital mais próximos. Por ser um sistema totalmente integrado, cada unidade de atendimento está identificada e conectada ao resto da rede de saúde.

“A base de dados unificada permite agilizar o atendimento, reduzir tempo de espera, facilitar o trabalho dos profissionais de saúde e, conseqüentemente, otimizar o sistema qualificando a assistência e ampliando o acesso à população. Sem dúvida, representa um grande avanço”, diz o médico Moacir Perche, coordenador da área de informática da Secretaria de Saúde de Campinas.

Segundo o secretário municipal de saúde, José Francisco Kerr Saraiva, a tecnologia tem que ser usada para melhorar a vida das pessoas, o que inclui qualificar a assistência à saúde. “No caso do SIGA-SAÚDE, os dados dos pacientes e das agendas não ficam na unidade e não correm o risco de perda por quebra ou furto. Estes dados ficam centralizados na IMA, o que permitirá que qualquer unidade acesse os cadastros de todo município, garantindo maior racionalidade no uso dos recursos como ocorre hoje em função do DIM”, afirma.

No município de São Paulo, o SIGA-SAÚDE já proporcionou muitas melhorias. Com a organização mais eficiente do sistema de saúde, graças à coleta de dados sobre atendimentos anteriores e a integração dos pedidos de exames, aumentou o número de pessoas atendidas em todas as zonas da cidade e diminuiu drasticamente a duplicação de pedidos de exames e testes e a ocorrência de fraude.

Em Campinas, a base de dados e os servidores do sistema vão residir na IMA, que é responsável pela implantação do sistema, com apoio do PRODAM de São Paulo e da Secretaria de Saúde de São Paulo. Para viabilizar a implantação do software, a IMA já publicou edital para contratação de uma empresa que vai auxiliar no processo.

A aquisição dos equipamentos para as unidades de saúde está em fase de finalização. O início das atividades de liberação dos Cartões de Saúde e do agendamento de consultas informatizado nas unidades está previsto para o primeiro semestre de 2008.

Saiba mais. O SIGA-SAÚDE está sendo desenvolvido na cidade de São Paulo desde 2003, por meio de um convênio com o Ministério da Saúde com verbas públicas da ordem de 14 milhões de reais e está sendo disponibilizado gratuitamente para implantação. Dessa forma o desenvolvimento, que é consiste na parte mais demorada e cara do sistema, já foi pago pelo erário público.

A implantação do sistema em Campinas, portanto, implica apenas em custos de aquisição e instalação de equipamentos de informática, capacitação e treinamento dos profissionais de saúde da rede por meio da contratação de empresas e recursos humanos, se necessário.

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