Oficina para discutir instituições de idosos reúne mais de 70 pessoas

11/10/2007

Autor: Denize Assis

Um evento pioneiro na área de saúde do idoso em Campinas mobilizou mais de 70 pessoas, no Hotel Nacional In, nesta quinta-feira, dia 11 de outubro. Foi a primeira oficina sobre Idosos Residentes em Instituições de Longa Permanência. O encontro, que teve como tema Ação em rede para garantia dos direitos e qualidade de vida, reuniu profissionais de diversas áreas da saúde, gestores e técnicos da Secretaria de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social e da Secretaria de Assuntos Jurídicos, representantes do Conselho Municipal do Idoso e do Conselho Municipal de Saúde e integrantes do Ministério Público.

A oficina teve três eixos de discussão: legislações municipal e federal; competências de cada uma das instituições envolvidas nos cuidados com os idosos; e situação das casas de longa permanência de idosos em Campinas.

“Trata-se de um momento importante, da primeira grande avaliação conjunta da situação das instituições de longa permanência para idosos em Campinas e também da consolidação da diretriz de trabalhar de forma integrada em busca de uma ação efetiva, de uma proposta para proporcionar vida digna para pessoas idosas que necessitam de cuidados e não podem contar com seus familiares ou não têm condições de retorno imediato a suas residências”, afirmou a enfermeira sanitarista Maria Filomena Gouveia Vilela, diretora interina da Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas (Covisa).

Após abertura do evento - que contou com uma mesa com presença do diretor municipal de Saúde, Pedro Humberto Scavariello, da Secretária-adjunta da Secretaria de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social, Edith Aparecida Bortolozzo, e do presidente do Conselho Municipal do Idoso, Juarez Bispo Mateus, além da diretora da Covisa -, foram constituídos dois grupos de trabalho, um que discutiu legislação e outro que debateu as atribuições de cada uma das instituições envolvidas nos cuidados com os idosos. Em seguida, houve uma plenária e encaminhamentos.

A população idosa de Campinas, ou seja, com mais de 60 anos, está estimada em 102.456 cidadãos. Deste total, 1.200 são institucionalizados. Segundo a Covisa, das 72 casas de longa permanência para idosos no município cadastradas nas Vigilâncias em Saúde, 15 estão licenciadas. O restante está com licença em andamento.

“O ideal seria que os idosos permanecessem sob cuidados de suas famílias. Infelizmente, nem sempre isto é possível. As instituições de idosos existem e compete a nós, reunidos aqui, fazer com que a lei se torne mais ágil e prática no sentido de garantir que o idoso institucionalizado tenha condições de viver de forma segura, com saúde, assegurando seus direitos”, disse Juarez Bispo Mateus.

Para a Secretária-adjunta da Secretaria de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social, Edith Aparecida Bortolozzo, foi uma grande conquista para a sociedade brasileira e de Campinas ampliar a expectativa de vida. Segundo ela, este é um fato irreversível que vai interferir em todas as dimensões da vida humana e que exige um esforço de toda comunidade no sentido de garantir uma velhice saudável, com dignidade, realizações e a garantia dos direitos da pessoa idosa. “Precisamos nos preparar para a velhice como uma grande conquista e é em busca deste ideal que estamos reunidos aqui hoje”, disse.

Segundo dados do Sistema de Informação Municipal da Secretaria Municipal de Saúde, em 2006, a esperança de vida do campineiro estimada ao nascer, para ambos os sexos, subiu para 74,82 anos. A taxa no município é quase 4 anos maior que a média nacional, que é de 71,3 anos.

A oficina vai até 17h e, por isto, no fechamento desta matéria, os encaminhamentos ainda não haviam sido dados. Eles serão publicados posteriormente.

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