Autor: Denize Assis
A Secretaria de Saúde de Campinas promove nestes sábado e domingo, dias 3 e 4 de outubro, nos bairros das regiões sul e leste do município, a segunda e última etapa da Campanha de Vacinação contra a Raiva em Gatos e Cães de 2009. A imunização acontece das 8h da manhã às 5h da tarde. As doses são gratuitas.
A primeira fase ocorreu nas regiões norte, sudoeste e noroeste, no último final de semana. Ainda não está pronto o balanço, mas, segundo uma primeira avaliação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que coordena a campanha, o resultado melhorou em relação à cobertura vacinal nas mesmas regiões no ano passado. A meta, pactuada com o Ministério da Saúde, é vacinar pelo menos 110 mil animais em toda cidade durante as duas fases da campanha.
Projeto-piloto. Neste segundo final de semana, o CCZ, em conjunto com a Faculdade de Medicina Veterinária da Unip, vai desenvolver um projeto-piloto de microchipagem. O trabalho prevê a aplicação de microchips em 400 animais de donos que residem na abrangência do posto de vacinas da Unip. Os cães serão cadastrados e os proprietários vão receber o Guia do Proprietário Responsável e uma Carteira para o registro de todas as informações relativas ao animal.
A microchipagem é parte do Programa de Controle Populacional de Animais Domésticos de Campinas. A ação permite o cadastramento do cão num banco eletrônico que registra todos os dados do animal e do proprietário. Assim, se um cão perdido ou abandonado for encontrado, é possível, por meio de um scanner, identificar seu dono, endereço e outras informações.
Outro objetivo da microchipagem é, na campanha do próximo ano, promover um estudo do comportamento da população de cães incluída no projeto piloto. Numa fase posterior, a Unip também pretende castrar estes animais.
O projeto-piloto de microchipagem também será desenvolvido na rotina do Centro de Controle de Zoonoses para os animais recolhidos à instituição e disponibilizados para adoção.
Segundo o médico veterinário Douglas Presotto, coordenador do CCZ, futuramente, a meta é estender o programa para o município como um todo com foco nas populações de baixa renda, com envolvimento de clínicas e hospitais veterinários.
População-alvo. Douglas informa que todos os cães e gatos com idade igual ou superior a três meses de idade devem ser vacinados durante a campanha, mesmo as fêmeas gestantes ou em fase de amamentação e os animais idosos e doentes. A vacina é segura e não há contra-indicações.
O coordenador afirma ainda que os animais devem ser levados aos postos de vacinação de modo correto, ou seja: cães com coleira e guia curta, focinheira no caso de animais agressivos, e gatos em caixas de transporte ou mesmo mochilas e sacolas, impedindo assim possíveis acidentes entre os animais.
O veterinário reforça que é dever do proprietário vacinar seu gato e cão todos os anos contra a raiva animal durante a campanha promovida pela Prefeitura.
“Se cada um fizer a sua parte e levar seus animais, toda comunidade vai ganhar, já que a vacinação dos animais domésticos, indiretamente, protege a saúde da população humana”, diz e explica que gatos e cães têm contato com outros mamíferos que podem estar com raiva. “Ao adquirir o vírus, existe a possibilidade de o animal doente infectar pessoas”, completa.
Mobilização. Para garantir o acesso das pessoas aos postos de vacinas, a Secretaria de Saúde vai mobilizar mais de 900 servidores e disponibilizar neste final de semana mais de 160 postos de vacinação, entre fixos e volantes, espalhados pelos mais diversos pontos das regiões sul e leste. Os endereços podem ser obtidos pelos telefones 156 , 3245-1219 / 3245-2268, pelo Disk Saúde 160 ou pelo portal da saúde, por meio do endereço www.campinas.sp.gov.br/saude
Doença letal. A raiva é uma doença que acomete mamíferos e que pode ser transmitida aos homens sendo, portanto, uma zoonose. É causada por um vírus e, quando a doença se manifesta, é letal tanto para os homens quanto para os animais. Segundo o Instituto Pasteur, no Brasil, em espaços urbanos, o principal transmissor da raiva para o homem é o cão, seguido do gato. Em espaços rurais é o morcego. Todos os anos, no País, ainda são registrados óbitos por esta doença em humanos.
