Campinas vacinou mais de 62 mil crianças contra a pólio e prossegue com a campanha

05/10/2009

Autor: Denize Assis

Um novo balanço da 2ª etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, iniciada dia 19 de setembro, indica que 62.320 crianças menores de cinco anos foram vacinadas até a última quinta-feira, dia 1º de outubro, em Campinas. Este total representa cobertura de 87,7% da população-alvo.

A meta, estabelecida pelo Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde, é atingir 95% dos 71 mil moradores nesta faixa de idade no município. Portanto, a vacinação prossegue em todos os centros de saúde da Prefeitura até pelo menos o dia 9 de outubro. Segundo a Vigilância em Saúde de Campinas, qualquer criança que não foi vacinada na segunda fase deve ser levada ao centro de saúde o quanto antes para tomar a gotinha.

Na oportunidade, é possível também atualizar as doses de outras vacinas em atraso. Portanto, é importante levar a carteira de vacinação da criança.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há circulação do vírus da poliomielite no Brasil e em toda a América Latina. Esse resultado é uma conseqüência das campanhas de vacinação realizadas desde a década de 1980. Mesmo assim, é importante vacinar as crianças. “Nossa missão é garantir esta condição de erradicação”, afirma o Secretário-Adjunto de Saúde de Campinas, Pedro Humberto Scavariello.

A vacina. Oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a poliomielite está disponível durante todo o ano nos postos de saúde e é também oferecida durante as campanhas de vacinação de rotina. Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Mesmo assim, é importante que os menores de cinco anos de idade tomem anualmente as duas doses distribuídas na Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite.

Existe um movimento mundial de erradicação da pólio. Ela é uma doença endêmica, ou seja, sua transmissão é constante, em quatro países: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 15 países têm registro de casos importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benim, Angola, Togo, Burkina Faso, Niger, Mali, República Central da África, Chade, Costa do Marfim, Gana, Nepal e República Dominicana do Congo.

“O fato de o Brasil ter comércio com alguns desses países faz com que exista um fluxo migratório entre as nações. Assim, existe o risco da reintrodução do vírus se não garantirmos altas coberturas vacinais de forma homogênea. Portanto, é fundamental manter a vigilância e as crianças protegidas”, diz Pedro Humberto.

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