Segunda etapa da Campanha contra a poliomielite atingiu 88,4% de cobertura

16/10/2009

Autor: Denize Assis

Mais de 62,8 mil crianças menores de cinco anos foram vacinadas em Campinas na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizada entre 19 de setembro e 9 de outubro de 2009. O total representa uma cobertura de 88,4%, resultado um pouco superior ao índice alcançado da primeira fase, em junho, quando foram atingidos 88,13% do público-alvo.

A indicação do Ministério da Saúde é que 80% dos municípios brasileiros consigam atingir 95% de cobertura, meta que é mais difícil de ser conquistada em cidades metropolitanas com o perfil de Campinas.

Segundo o médico pediatra Pedro Humberto Scavariello, secretário-adjunto de Saúde de Campinas, vários fatores contribuem para que a cidade não atinja a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, entre os quais o fato de não se registrar mais casos da doença há muitos anos no Brasil o que dá a impressão de um risco distante.

“Outra questão é que as pessoas ainda não compreenderam a importância desta estratégia. Muitas vezes elas usam o raciocínio, incorreto, de que por terem participado de várias campanhas anteriores e já terem recebido as doses na rotina, não é necessário mais uma”, diz.

Pedro reforça que as campanhas têm por objetivo garantir a manutenção da erradicação da poliomielite no Brasil. “Por isso, é muito importante que os responsáveis pelos menores de cinco anos levem as crianças para que tomem as gotinhas que protegem contra a pólio na rotina e nas duas etapas da campanha todos os anos”, afirma.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. Essa estratégia é fundamental para garantir a erradicação da doença porque o vírus da pólio ainda circula em países da África e da Ásia.

A OMS estima que a imunização contra a poliomielite em todo o mundo previna 550 mil casos da doença a cada ano. Antes do desenvolvimento da vacina, na década de 50, a poliomielite matava ou deixava seqüelas físicas em cerca de 600 mil pessoas todos os anos.

O último caso registrado da doença em Campinas ocorreu em 1981. No Estado de São Paulo foi em 1998, no município de Teodoro Sampaio. No Brasil, a doença está erradicada há 18 anos, sendo que os últimos casos foram registrados no Rio Grande do Norte e Paraíba.

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