Campina Grande recebe mutirão de diagnóstico de esquistossomose

22/10/2009

Autor: Da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Saúde

Trabalho será realizado neste sábado, 24 de outubro de 2009, no Centro de Saúde do Jardim Campina Grande, na região Noroeste da cidade

A Secretaria Municipal da Saúde de Campinas realiza um mutirão para diagnóstico gratuito de esquistossomose neste sábado, 24 de outubro de 2009, das 9h às 16h, na Escola Estadual Padre Antônio Mobile, localizada no bairro Jardim Campina Grande (região Noroeste), na rua Padre Antonio de Almeida, sem número.

Os resultados dos testes serão entregues no Centro de Saúde (CS) do bairro, cerca de sete dias após a realização dos exames. O exame vai ser disponibilizado para todos os moradores de Campinas, mesmo para os que não são da área de abrangência daquela unidade de saúde.

O objetivo, com a realização deste evento no sábado, é também dar visibilidade ao procedimento que está disponível em todos os Centros de Saúde do município.

A atividade é realizada em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas por meio do projeto itinerante “Cidadania em Parceria – PUC/Escola/Comunidade”, conjunto de ações desenvolvidas nos bairros da região Noroeste da cidade com participação da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social.

Outros órgãos públicos também estarão disponibilizando serviços no local. De acordo com a psicóloga Dayse Maria Motta Borges, que é professora da PUC e desenvolve o projeto com outros doze docentes através da pró-reitoria de extensão da universidade, são esperadas pelo menos duas mil pessoas no local.

Ela desenvolve o trabalho “Psicologia Positiva”, voltado a jovens e adolescentes que estão entre o público esperado. “Nas oficinas abordamos as questões relacionadas à saúde desta população”, disse. De acordo com ela, o tema esquistossomose foi escolhido devido à verificação da presença de focos da doença na região.

A agente comunitária de saúde do CS Campina Grande, Josiani Cecília Martins, reitera a necessidade de prevenção à doença. “Queremos alertar a população sobre a ocorrência da doença, sintomas e formas de prevenção”, disse.

Diagnóstico precoce. O médico sanitarista André Ricardo Ribas Freitas, da Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas, destaca que entre 100 e 200 casos de esquistossomose são registrados anualmente na cidade. O primeiro caso autóctone (com transmissão no próprio município) foi registrado em 1950. “A esquistossomose pode ocorrer de forma branda, mas também podem ocorrer casos graves, com lesão na coluna, podendo deixar a pessoa paraplégica”, disse o médico. “São casos menos comuns, mas ainda assim temos pelo menos duas notificações confirmadas, em média, todos os anos e o diagnóstico precoce é muito importante”, explicou.

O tratamento é realizado por meio do medicamento praziquantel. A distribuição é gratuita na rede pública de saúde. O medicamento é produzido no Brasil pelo Laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Neste ano, com apoio do Instituto Adolfo Lutz e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, a Secretaria Municipal da Saúde de Campinas fez uma reorganização da vigilância à esquistossomose com a disponibilização de exames sorológicos que anteriormente não eram realizados.

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