Ações contra a dengue são reforçadas Nos cemitérios antes do Dia de Finados

27/10/2010

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde Sul, reforça os trabalhos de prevenção e controle da dengue nos cemitérios da Saudade e Santo Antônio, como preparação para o Dia de Finados, em 2 de novembro.

Estes dois locais são pontos de risco para a doença por possuírem jazigos com vasos ornamentais e floreiras, que acumulam água e, assim, propiciam a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. São cerca de 40 mil vasos e floreiras, segundo a Administração dos estabelecimentos. Além disso, os cemitérios são considerados imóveis especiais por receberem milhares de pessoas, principalmente na ocasião de Finados.

As ações têm início nesta quinta-feira, dia 28 de outubro, às 8h, com uma operação que envolverá 60 pessoas do Distrito de Saúde Sul que atuam no combate à dengue. Estes servidores vão estar distribuídos em sete equipes e vão percorrer toda a extensão dos cemitérios para verificar os vasos e floreiras e eliminar a água dos recipientes. Peças que não possuem orifícios vão ser perfuradas para escoamento da água. Nos recipientes em que não for possível eliminar a água, será colocado larvicida biológico.

No Dia de Finados, na terça-feira, 2 de novembro, com o objetivo de orientar e alertar a população sobre como evitar criadouros, equipes compostas por supervisores e ajudantes de controle ambiental e agentes comunitários de saúde vão montar uma tenda na entrada do cemitério e fazer entrega de folhetos e material educativo, orientar e tirar dúvidas.

Também serão expostas maquetes do cemitério com exemplares do mosquito vetor da doença e com modelos corretos de recipientes para impedir que transformem-se em criadouros.

No sábado após o Dia de Finados, 6 de novembro, as equipes retornam aos cemitérios para, novamente, inviabilizar criadouros.

Segundo Margarete Isaque, supervisora de controle ambiental da Visa Sul, nos últimos dez anos, a Prefeitura tem reforçado os trabalhos de combate à dengue nos cemitérios, principalmente poucos dias antes, durante e após o Dia de Finados, quando os locais recebem maior número de pessoas.

“Promovemos atividades que incluem perfuração dos vasos – nos cemitérios que têm vasos e floreiras - e ações educativas entre administradores, cuidadores e visitadores e, periodicamente, desenvolvemos trabalhos de manutenção”, diz.

Margarete ressalta que o risco é grande se for levado em conta que, fixos nos jazigos, são cerca de 40 mil vasos e floreiras. “Além disso, encontramos muitos vasos descartáveis e com plástico, principalmente na parte mais distante do cemitério”, afirma.

A supervisora orienta à população que, na medida do possível, use vasos com terra ou flores artificiais para evitar o acúmulo de água.

Situação epidemiológica. Em 2010, Campinas enfrentou a segunda maior epidemia de dengue das últimas décadas, com 2.563 casos e duas mortes. A primeira em número de casos ocorreu em 2007, com mais de 10 mil casos ou 1.089,4 por 100 mil.

Além disso, neste ano, a cidade registrou, proporcionalmente, mais casos graves, sendo 56 casos de dengue com complicações e 26 casos de febre hemorrágica da dengue.

Nesta terça-feira, dia 26 de outubro, Campinas lançou a Campanha de Mobilização Social contra a Dengue. O objetivo é envolver toda a comunidade no combate e estimular cada cidadão a eliminar os locais de água parada, onde o mosquito transmissor se multiplica.

A iniciativa antecipa as ações desencadeadas no período crítico da doença, de janeiro a maio, quando ocorre a maioria dos casos. Além disso, é uma resposta à convocação do Ministério da Saúde para que os municípios se mobilizem no controle da doença.

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