Autor: Diego Geraldo
Começou nesta semana o programa "Aprendendo a Salvar com o Samu". O objetivo é levar noções de cidadania e saúde para os estudantes da rede municipal, com idade entre 11 e 15 anos. Nesta primeira etapa, que será encerrada na sexta-feira,dia 26 de outubro, cerca de 700 alunos da rede participarão dos eventos realizados em algumas escolas.
De acordo com Edmeia Nunes Duft, coordenadora de Enfermagem do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), cinco equipes de profissionais se dividem em salas de aulas para ensinar como e quando chamar uma ambulância; explicar o funcionamento do atendimento; passar noções de primeiros socorros e conscientizar os pré-adolescentes quanto aos trotes para o telefone 192.
Atualmente, as "brincadeiras" respondem por 25 a 30% das ligações recebidas - em setembro o serviço recebeu 17.186 chamados. "Um trote pode atrapalhar o socorro de uma pessoa que realmente está precisando", comenta o enfermeiro Keder de Souza Melo.
Ele explica que outro problema enfrentado pelo Samu é o fato de as pessoas utilizarem o telefone para pedir informações gerais, como trajetos, por exemplo. "Isso ocupa as linhas do serviço", diz Melo.
Na tarde desta quarta-feira, as equipes estiveram na Escola Municipal Clotilde Barraquet Von Zuben, no Jardim Florence II.
O estudante Gabriel Eduardo Vieira Rodrigues, de 13 anos, gostou de participar do projeto. "É muito importante aprender como salvar as pessoas. Muita gente pode ajudar e não sabe como. Eu mesmo já vi uma pessoa passar mal e não sabia nem que poderia ligar 192 sem pagar", comenta.
Gabriela Tainá da Silva Leme, de 14 anos, também gostou de participar. "Já vi uma pessoa passar mal. Hoje, eu usaria o que aprendi", comenta.
As demonstrações e palestras são realizadas por profissionais fora do horário de trabalho. "São voluntários que se propõem a participar dos eventos", comenta Edmeia.
O "Aprendendo a Salvar com o Samu" vai continuar nas escolas municipais. De acordo com o coordenador do Samu de Campinas, José Roberto Hansen, a expectativa é visitar dez escolas por mês.
Fotos de Fernanda Sunega
