Mário Gatti anuncia Programa Nacional de Controle de Câncer de Pele

14/11/2001

No próximo dia 24 de novembro, das 8h às 13h, o Serviço de Dermatologia do Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti" estará promovendo a Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele.

Nesse dia, o Serviço de Dermatologia do Hospital Mário Gatti, situado na Avenida Prefeito Faria Lima, 200, vai contar com a presença de quatorze especialistas em Demartologia para atender à população.

Conforme explica o médico Andrelou Valarelli, um dos coordenadores da campanha, os exames necessários para a confirmação diagnóstica, bem como os tratamentos propostos, serão gratuitos.

Segundo ele, o paciente que possuir qualquer lesão suspeita, ou câncer de pele, constatados nos exames, terá todo o acompanhamento dos profissionais da área médica.

Valarelli lembra que, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 57 mil novos casos de câncer da pele serão diagnosticados no Brasil em 2001. Ele ressalta, ainda, que entre 9% e 10% da população de Campinas sofrem de algum tipo de câncer de pele.

A campanha é destinada a toda a população. No entanto, devem comparecer ao local da campanha, preferencialmente, pessoas que tenham o biótipo de risco: pele e olhos claros, sardas e antecedentes de câncer da pele, inclusive, na família. Além delas, aquelas que apresentem sintomas como: ferimentos que não cicatrizem, pintas, sinais e verrugas que crescem ou mudam de cor.
A Campanha tem como objetivo o exame completo da pele, orientando as pessoas sobre a prevenção e detecção precoce da doença. Todas as capitais brasileiras - incluindo algumas cidades no interior, a exemplo de Campinas, terão postos de atendimento cadastrados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), onde serão realizados os exames.

 

Tipos de câncer de pele 

Existem basicamente três tipos de câncer de pele. O carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

O Carcinoma Basocelular  é o tipo mais freqüente, que representa 70% dos casos. Mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar cumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.

Carcinoma Espinocelular, segundo tipo mais comum de câncer da pele, pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Entre suas causas, estão a exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade.

O Melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. É mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma mancha escura.

 

Algumas considerações sobre a doença 

- Mesmo as pessoas mais cuidadosas, que passam filtro solar até diariamente, na maioria dos casos, deixam de proteger algumas partes do corpo que acabam ficando mais expostas ao sol. Por isso, são freqüentes as ocorrências de câncer da pele, por exemplo, na orelha e nos pés. Os calvos também devem tomar cuidado especial com o couro cabeludo. As outras regiões mais atingidas são o nariz e o ombro, por terem o contato mais direto com os raios de sol.

- Os homens resistem mais a se proteger dos efeitos nocivos do sol. Em todo País, os dermatologistas constataram que as mulheres cuidam melhor da pele - 23,1% das entrevistadas admitiram consumir protetores solares, comparadas a 17,7% dos homens.

- As pessoas de pele negra não estão livres do câncer da pele. Em geral, as pessoas de pele negra não usam filtro solar por achar que já estão naturalmente protegidas. Especialistas afirmam que quem tem pele clara realmente tem mais chance de desenvolver a doença. Mas normalmente os tumores dessas pessoas são menos perigosos. Eles alertam que os negros desenvolvem o câncer com menos freqüência, mas quando isso acontece, seus tumores são mais graves.

- A idade média da população examinada na Campanha que apresentou câncer da pele é 59,6 anos. Apesar de o câncer ter sido diagnosticado nos idosos, o desenvolvimento da doença poderia ter sido evitado se os cuidados com a proteção solar tivessem sido adotados desde a infância, numa proporção de 85% de diminuição da incidência.

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