Prefeitura promove fórum para discutir anemia falciforme

18/11/2002

Doença, transmitida de pai para filho, é mais comum entre os africanos e seus descendentes

A Prefeitura de Campinas promove nesta segunda-feira, 18 de novembro, o fórum Experiências em anemia falciforme. O evento acontece na Estação Cultura a partir das 9h e deve durar o dia todo. A organização é da Comissão Municipal de Acompanhamento do Programa de Anemia Falciforme, constituída pelas Secretarias de Saúde e de Educação, Coordenadoria de Assuntos da Comunidade Negra, Cipói – Unicamp (Centro Integrado de Pesquisas Onco-Hematológicas na Infância) e entidades ligadas ao Movimento Negro de Campinas.

A abertura, às 9h, terá apresentação e debate com a professora Berenice Kikuchi, assessora de saúde, sexualidade e reprodução da Prefeitura de São Paulo. No período da tarde, após 14h, está na pauta a troca de experiências após o início das capacitações nas Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, Departamento de Esportes e Movimento Social.

De pai para filho - A anemia falciforme é uma doença hereditária comum no mundo inteiro. No Brasil, a mortalidade em conseqüência da doença é bastante alta entre os descendentes de africanos. A alta letalidade se deve à falta de políticas públicas que contemplem as necessidades de saúde desta parcela da população.

Para corrigir esta falha, a Prefeitura Campinas regulamentou, em 2001, a lei que criou o Programa Municipal de Acompanhamento e Aconselhamento da Doença Falciforme. A lei, de 1997, é de autoria do vereador Sebastião Arcanjo.

Desde então, definiu-se o papel dos Centros de Saúde, dos Pronto-Socorros e dos demais equipamentos da rede municipal de saúde com relação à anemia falciforme. Foram criados grupos de trabalho para sistematizar estas responsabilidades e um destes grupos ficou responsável por organizar o treinamento – capacitação - dos profissionais da rede.

A capacitação inclui sensibilizar os profissionais de saúde para a relação da anemia falciforme e de outras doenças com a afro-descendência. Também fornece subsídios para que eles façam o diagnóstico da doença.

Além disso, é responsável por subsidiar os servidores para promover o tratamento e acompanhamento dos falcêmicos e das crianças portadoras do traço falciforme, além do aconselhamento de suas famílias.

E a Prefeitura de Campinas vai além de preparar os profissionais para diagnosticar, tratar a doença falciforme e coletar dados sobre a enfermidade. A idéia é disseminar a informação sobre a doença, diminuir o preconceito e aumentar a expectativa de vida das pessoas.

Saiba mais sobre a doença falciforme

O que é?
É uma doença hereditária que caracteriza-se pela alteração nos glóbulos vermelhos. É mais comum entre os africanos e seus descendentes.

Quais os sintomas?
Em suas crises, a doença provoca dores intensas e infecções repetidas.

Há cura?
Não. A doença falciforme não tem cura. No entanto, pode ser tratada e o falcêmico pode levar uma vida normal.

Volta ao índice de notícias