Mário Gatti usa simulação de acidente para implantar Plano de Enfrentamento a Desastre

22/11/2002

A simulação de um acidente ferroviário, com dezenas de vítimas, no último dia 20, num trecho da Ferroban, na Vila Industrial, marcou mais uma etapa na implantação do Plano de Enfrentamento a Desastres no Hospital Municipal "Dr. Mário Gatti", em Campinas.

O acidente fictício envolveu, ainda, um ônibus municipal. Cerca de duzentas pessoas, incluindo funcionários do Hospital, participaram do socorro às dezenas de vítimas. Tiveram participação direta na ação simulada, entidades como Corpo de Bombeiros, Brasil Ferrovias, Samu, Defesa Civil, Polícia Militar e Técnica e Guarda Municipal.

Alunos da PUC de Campinas também exerceram função importante na simulação, interpretando o papel de dezenas de vítimas, com ferimentos em diversos níveis de gravidade.

Conforme explicou a enfermeira Marilene Wagner, gerente do Pronto-Socorro Adulto do HMMG, o Plano de Enfrentamento a Desastre é imprescindível em um hospital do porte do Mário Gatti.

Segundo a enfermeira, Campinas tem todas as caracaterísticas de uma cidade que, a qualquer momento, pode precisar de um atendimento especial de urgência e emergência. "O último confronto de torcedores no campo do Guarani é um bom exemplo de como a cidade precisa estar preparada para esse tipo de ocorrência", lembra ela.

Marilene explica, ainda, que o fato de abrigar um aeroporto internacional, ser cortada por importantes rodovias, possuir uma considerável densidade demográfica, além de sediar dois estádios de futebol, deixa Campinas na condição de vulnerável a acidentes graves.

"A localização do Mário Gatti – ressalta a gerente do PS – em ponto de fácil acesso, sem contar sua condição de hospital público, aumenta a demanda expontânea e qualquer ocorrência de maior gravidade exige a ação de uma equipe bem treinada".

A simulação

Uma vez informado do "acidente" , por volta das 9h da última quarta-feira, o serviço e PABX do Mário Gatti anunciou que o Hospital estava em estado de "Alerta Amarelo". Isso colocou todos os setores de sobreaviso. Os funcionário do Hospital Municipal, com exceção da chefia do PS, desconheciam o caráter fictício do acidente.

Imediatamente, assim que a ocorrência foi confirmada, o chefe de plantão do PS pediu que fosse anunciado pelo interfone, estado de "Alerta Vermelho". Esse aviso mobilizou todas as equipes médicas, que inclui cirurgia, neurologia, ortopedia, banco de sangue e centro cirúrgico.

Em seguida, o serviço de som do Hospital anunciou "Alerta Vermelho 1". Essa advertência sinaliza que o número de vítimas é maior do que a capacidade de atendimento do Mário Gatti.

Uma vez em estado de "Alerta Vermelho 1", a chefia do PS solicita a rede de ajuda. Assim, cada setor do Hospital envia um profissional ao "Posto de Comando" montado no hall de entrada.

Para facilitar o acesso e a circulação, os médicos e enfermeiros das alas amarela, verde e vermelha são identificados com coletes coloridos.

Nesse andamento, a chefia do PS, em contato com as equipes de resgate, Corpo de Bombeiros, Polícia e Samu, orienta a distribuição dos feridos para os demais hospitais da cidade, que também já estão informados do ocorrido.

Enquanto isso, o Serviço Social do Mário Gatti, bem como a Assessoria de Imprensa, mediante autorização do Posto de Comando, cuidam de fazer o acolhimento e passar todas as informações aos familiares e à imprensa.

Cabe à Assistência Social, ainda, monitorar o sistema de registro para localização de vítimas. Esse controle permite aos atendentes de plantão informar onde, extamente, cada ferido foi encaminhado e está sendo atendido.

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