A Vigilância
Epidemiológica de Campinas registrou o primeiro caso de
dengue, depois de um período de 13 semanas sem confirmar
casos da doença na cidade, segundo informou a Secretaria de
Saúde nesta terça-feira, 11 de novembro. Trata-se de um
homem de 28 anos morador do Jardim Bom Sucesso, bairro
localizado na área de abrangência do Centro de Saúde São
Vicente, na Região Sul da cidade. O caso é importado, já
que a investigação aponta que ele contraiu a doença numa
viagem ao Pará, no Norte do Brasil.
De acordo com
Ovando Provati, biólogo da Secretaria de Saúde de Campinas,
embora seja um caso importando a ocorrência é importante
porque foi notificada justamente na época do ano – estação
caracterizada por dias de calor e chuva - em que a quantidade
de mosquito começa a aumentar.
"A situação
nos coloca em alerta porque o doente chegou em Campinas no estágio
da doença em que existe o risco da pessoa ser picada pelo
mosquito da dengue e iniciar uma transmissão no local onde
mora ou trabalha", disse. O período de
transmissibilidade começa um dia antes do paciente manifestar
os sintomas da doença e vai até seis dias depois do primeiro
sinal.
Para reduzir
a probabilidade de que o mosquito comece a transmitir dentro
do município, a equipe do Centro São Vicente, em parceria
com profissionais da Vigilância em Saúde (Visa) Sul e do
Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), desencadeou uma série ações.
O
procedimento é chamado tecnicamente de bloqueio e inclui
busca ativa de casos suspeitos em quarteirões no entorno da
residência do doente e remoção de criadouros além de
outras medidas de controle.
De acordo com
Provati, no verão, na água, em uma semana, a larva se
transforma em um mosquito adulto. "E basta um mosquito
infectado para iniciar a transmissão num raio de 100 a 300
metros", disse.
O biólogo
explicou que a maneira mais eficaz de impedir que o mosquito
da dengue procrie é pela eliminação dos criadouros. É por
isso, segundo ele, que não basta cada família cuidar do seu
quintal e eliminar as possíveis situações que favoreçam de
proliferação do mosquito. "As comunidades precisam se
unir contra a dengue", disse.
Um outro
fator importante para o controle da dengue, segundo Provatti,
é a identificação precoce dos casos. Segundo ele, quanto
mais cedo o serviço de saúde identificar o caso menor a
probabilidade da doença se espalhar. Os sintomas da dengue são
febre e dores de cabeça e no corpo e fraqueza. Também podem
surgir manchas pelo corpo.
Portanto, a
orientação dos técnicos da Vigilância Epidemiológica
municipal é para que, ao apresentar febre, a pessoa procure o
mais rápido possível o Centro de Saúde. Também é
importante que o cidadão não tome medicamentos sem orientação
da equipe de saúde.