Talita El
Kadri
O Serviço de
Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Campinas promoveu
nesta quinta-feira, dia 18, em conjunto com a Empresa
Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), a
partir das 9h, um Exercício de Acidente Aeronáutico Completo
(EXEAC) no Aeroporto de Viracopos. O trabalho envolveu mais de
130 pessoas, entre elas 12 vítimas fictícias.
De acordo o
coordenador do Samu Campinas, o médico José Roberto Hansen,
o objetivo foi avaliar todos os serviços públicos e privados
de urgência e emergência em atendimento pré-hospitar (APH)
da cidade de Campinas para caso de catástrofes. Ainda segundo
Hansen, o simulado é importante para averiguar pontos
negativos nos procedimentos. "A partir dos resultados,
pretendemos qualificar todas as equipes de saúde para o
atendimento adequado em acidentes deste porte", afirma
ele.
A ação
contou, também, com a participação de funcionários
treinados do Aeroporto, da Empresa Municipal de
Desenvolvimento de Campinas (Emdec), do Hospital Municipal Dr.
Mário Gatti, de equipes das concessionárias Rodovias das
Colinas e Autoban, além da 11ª Brigada de Infantaria
Blindada, Departamento de Aviação Civil (DAC), Centro Médico
de Campinas, Exército, Defesa Civil, Hospital das Clínicas
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Hospital Celso
Pierro da Universidade Católica (PUC) de Campinas, entre
outros.
Primeiros
cuidados
Durante o
acidente simulado as vítimas receberam os primeiros cuidados
da equipe do Aeroporto e, em seguida, o Samu Campinas foi
chamado. Um grupo de 25 pessoas, com quatro viaturas do Samu
Campinas, levou 11 minutos para chegar ao local do acidente,
onde prosseguiu com o atendimento às vítimas de acordo com
normas exigidas no protocolo de urgência e emergência.
Atendimento
Simultâneo
Hansen
informa que o Samu de Campinas, que conta com uma equipe de
230 pessoas, é a única instituição que possui kits-catástrofe
com capacidade para atender até 100 vítimas ao mesmo tempo.
A cidade conta com uma frota própria 26 veículos, entre
viaturas básicas e equipadas com Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) ou suporte avançado.
Até 2001, a
frota era terceirizada. Para custeio do serviço, em
funcionamento há oito anos na cidade, a Prefeitura
estabeleceu convênio com o Ministério da Saúde que passou a
disponibilizar mensalmente, desde abril, R$ 260 mil. O valor
representa quase 50% do custo estimado do serviço.
O Samu
Campinas ainda promove o transporte de 2,5 mil pacientes crônicos,
que, sem recursos próprios, carecem de ser transportados para
serviços de hemodiálise, fisioterapia, radioterapia e quimioterapia.
Para acionar
o Samu ligue 192, as ligações são gratuitas e o serviço
atende 24h por dia.