Samu participa de simulado para qualificação de atendimentos de urgência e emergência

18/11/2004

Talita El Kadri

O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Campinas promoveu nesta quinta-feira, dia 18, em conjunto com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), a partir das 9h, um Exercício de Acidente Aeronáutico Completo (EXEAC) no Aeroporto de Viracopos. O trabalho envolveu mais de 130 pessoas, entre elas 12 vítimas fictícias.

De acordo o coordenador do Samu Campinas, o médico José Roberto Hansen, o objetivo foi avaliar todos os serviços públicos e privados de urgência e emergência em atendimento pré-hospitar (APH) da cidade de Campinas para caso de catástrofes. Ainda segundo Hansen, o simulado é importante para averiguar pontos negativos nos procedimentos. "A partir dos resultados, pretendemos qualificar todas as equipes de saúde para o atendimento adequado em acidentes deste porte", afirma ele.

A ação contou, também, com a participação de funcionários treinados do Aeroporto, da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, de equipes das concessionárias Rodovias das Colinas e Autoban, além da 11ª Brigada de Infantaria Blindada, Departamento de Aviação Civil (DAC), Centro Médico de Campinas, Exército, Defesa Civil, Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Hospital Celso Pierro da Universidade Católica (PUC) de Campinas, entre outros.

Primeiros cuidados

Durante o acidente simulado as vítimas receberam os primeiros cuidados da equipe do Aeroporto e, em seguida, o Samu Campinas foi chamado. Um grupo de 25 pessoas, com quatro viaturas do Samu Campinas, levou 11 minutos para chegar ao local do acidente, onde prosseguiu com o atendimento às vítimas de acordo com normas exigidas no protocolo de urgência e emergência.

Atendimento Simultâneo

Hansen informa que o Samu de Campinas, que conta com uma equipe de 230 pessoas, é a única instituição que possui kits-catástrofe com capacidade para atender até 100 vítimas ao mesmo tempo. A cidade conta com uma frota própria 26 veículos, entre viaturas básicas e equipadas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou suporte avançado.

Até 2001, a frota era terceirizada. Para custeio do serviço, em funcionamento há oito anos na cidade, a Prefeitura estabeleceu convênio com o Ministério da Saúde que passou a disponibilizar mensalmente, desde abril, R$ 260 mil. O valor representa quase 50% do custo estimado do serviço.

O Samu Campinas ainda promove o transporte de 2,5 mil pacientes crônicos, que, sem recursos próprios, carecem de ser transportados para serviços de hemodiálise, fisioterapia, radioterapia e quimioterapia.

Para acionar o Samu ligue 192, as ligações são gratuitas e o serviço atende 24h por dia.

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