Prefeitura prossegue com ações contra a dengue em cemitérios hoje e amanhã

23/11/2005

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde (Visa) Sul, deu continuidade hoje, dia 23 de novembro, e prossegue amanhã, dia 24, com os trabalhos de prevenção e controle da dengue nos cemitérios da Saudade e Santo Antônio. Os dois locais são pontos de risco para a dengue por possuírem jazigos com vasos ornamentais e floreiras, que acumulam água e assim propiciam a proliferação do Aedes aegypti.

A atividade que, nesta fase, consiste essencialmente na inviabilização de criadouros, teve início dia 7 deste mês com atividade de educação em saúde voltada para os cuidadores dos cemitérios. Na semana passada, nos dias 16 e 18, uma equipe de 20 profissionais entre agentes comunitários de saúde, ajudantes e supervisores de controle ambiental da Visa e dos centros de saúde do Distrito de Saúde Sul passou a atuar na verificação dos vasos e floreiras para eliminar a água dos recipientes. Peças que não possuem orifícios estão sendo perfuradas para escoamento da água.

Segundo Margarete Isaque, supervisora de controle ambiental da Visa Sul, o diagnóstico feito pelas equipes no local aponta que, em média, um a cada dez recipientes está com água. "É uma situação importante se levarmos em conta que, fixos nos jazigos, são cerca de 40 mil vasos e floreiras. Além disso, encontramos muitos vasos descartáveis e com plástico, principalmente na parte mais funda do cemitério", afirma.

Margarete informa que o objetivo é terminar o trabalho de inviabilização dos criadouros amanhã. Mas, mediante o diagnóstico, a equipe pretende promover uma outra etapa de ação educativa para reforçar a orientação à Administração dos cemitérios e ao cuidadores dos dois locais.

Baden Power. No sábado, 26, a equipe da Visa Sul, em parceria com profissionais do Centro de Saúde (CS) Figueira, realiza durante a parte da manhã ação de educação em saúde na feira livre da avenida Baden Power, no Nova Europa. "Vamos estar com uma tenda onde serão distribuídos folhetos e onde os técnicos vão estar à disposição para informar, esclarecer dúvidas e conscientizar a população sobre a importância da adoção de medidas para o controle do mosquito da dengue", diz Margarete Isaque.

Na ocasião, ainda serão passadas informações sobre leptospirose e febre maculosa, já atendendo à diretriz do plano emergencial de ação para o verão 2005/2006 de prevenção e controle de febre maculosa, dengue e leptospirose.

Segundo Margarete, além do poder público, da Prefeitura, que pode fazer a limpeza urbana, mobilizar a comunidade, técnicos e agentes comunitários, a população pode colaborar nas suas atividades domésticas e profissionais para o controle do mosquito. "São medidas como vedar a caixa d´água e não deixar água acumulada em pneus e outros objetos, que podem servir como criadouro para o mosquito, que contribuem para reduzir os riscos de picos epidêmicos. Durante as atividades educativas, também orientamos neste sentido", diz.

Dados. Em 2005, foram notificados 115 casos de dengue em Campinas, sendo 94 autóctones – quando a pessoa é infectada onde mora – de acordo com dados da Saúde Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde. O município registra transmissão do vírus da dengue há nove anos consecutivos, com picos epidêmicos em 1998, 2001, 2002 e 2003, sendo que o maior número de casos – 1,4 mil casos - foi registrado em 2002. Em 2003, houve 450 confirmações e, no ano passado, 24.

Denize Assis

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