A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância
em Saúde (Visa) Sul, deu continuidade hoje, dia 23 de
novembro, e prossegue amanhã, dia 24, com os
trabalhos de prevenção e controle da dengue nos
cemitérios da Saudade e Santo Antônio. Os dois
locais são pontos de risco para a dengue por possuírem
jazigos com vasos ornamentais e floreiras, que
acumulam água e assim propiciam a proliferação do Aedes
aegypti.
A
atividade que, nesta fase, consiste essencialmente na
inviabilização de criadouros, teve início dia 7
deste mês com atividade de educação em saúde
voltada para os cuidadores dos cemitérios. Na semana
passada, nos dias 16 e 18, uma equipe de 20
profissionais entre agentes comunitários de saúde,
ajudantes e supervisores de controle ambiental da Visa
e dos centros de saúde do Distrito de Saúde Sul
passou a atuar na verificação dos vasos e floreiras
para eliminar a água dos recipientes. Peças que não
possuem orifícios estão sendo perfuradas para
escoamento da água.
Segundo
Margarete Isaque, supervisora de controle ambiental da
Visa Sul, o diagnóstico feito pelas equipes no local
aponta que, em média, um a cada dez recipientes está
com água. "É uma situação importante se
levarmos em conta que, fixos nos jazigos, são cerca
de 40 mil vasos e floreiras. Além disso, encontramos
muitos vasos descartáveis e com plástico,
principalmente na parte mais funda do cemitério",
afirma.
Margarete
informa que o objetivo é terminar o trabalho de
inviabilização dos criadouros amanhã. Mas, mediante
o diagnóstico, a equipe pretende promover uma outra
etapa de ação educativa para reforçar a orientação
à Administração dos cemitérios e ao cuidadores dos
dois locais.
Baden
Power.
No sábado, 26, a equipe da Visa Sul, em parceria com
profissionais do Centro de Saúde (CS) Figueira,
realiza durante a parte da manhã ação de educação
em saúde na feira livre da avenida Baden Power, no
Nova Europa. "Vamos estar com uma tenda onde serão
distribuídos folhetos e onde os técnicos vão estar
à disposição para informar, esclarecer dúvidas e
conscientizar a população sobre a importância da
adoção de medidas para o controle do mosquito da
dengue", diz Margarete Isaque.
Na
ocasião, ainda serão passadas informações sobre
leptospirose e febre maculosa, já atendendo à
diretriz do plano emergencial de ação para o verão
2005/2006 de prevenção e controle de febre maculosa,
dengue e leptospirose.
Segundo
Margarete, além do poder público, da Prefeitura, que
pode fazer a limpeza urbana, mobilizar a comunidade, técnicos
e agentes comunitários, a população pode colaborar
nas suas atividades domésticas e profissionais para o
controle do mosquito. "São medidas como vedar a
caixa d´água e não deixar água acumulada em pneus
e outros objetos, que podem servir como criadouro para
o mosquito, que contribuem para reduzir os riscos de
picos epidêmicos. Durante as atividades educativas,
também orientamos neste sentido", diz.
Dados.
Em 2005, foram notificados 115 casos de dengue em
Campinas, sendo 94 autóctones – quando a pessoa é
infectada onde mora – de acordo com dados da Saúde
Coletiva da Secretaria Municipal de Saúde. O município
registra transmissão do vírus da dengue há nove
anos consecutivos, com picos epidêmicos em 1998,
2001, 2002 e 2003, sendo que o maior número de casos
– 1,4 mil casos - foi registrado em 2002. Em 2003,
houve 450 confirmações e, no ano passado, 24.
Denize
Assis