Equipes da Visa Noroeste são preparadas para diagnosticar e tratar gestantes com sífilis

09/11/2006

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste, promove nestas quinta-feira e sexta-feira, 9 e 10 novembro, na sede do Distrito de Saúde Noroeste, capacitação de médicos e enfermeiros em sífilis congênita – doença transmitida da mãe para o bebê e que pode acarretar a morte do bebê (em 40% dos casos) ou deixar seqüelas como surdez, problemas neurológicos e má formação óssea.

O objetivo é atualizar e sensibilizar os profissionais em relação à epidemiologia da doença e para que fiquem atentos aos critérios de definição de caso, protocolo de tratamento durante o pré-natal - quando o processo de cura é simples, barato e rápido – e tratamento do respectivo parceiro.

A sífilis é quatro vezes mais freqüente nas gestantes do que a infecção pelo HIV. No Brasil, estima-se que, a cada ano, 48 mil gestantes estejam infectadas pela sífilis. Desse total, aproximadamente 12 mil crianças adquirem sífilis congênita. Em 2005, em Campinas, foram registrados 45 casos de sífilis congênita. Em 2006, até o momento, foram 18.

A enfermeira sanitarista Eloísa Cristina dos Santos Costa, da Visa de Campinas, informa que a capacitação dos profissionais da rede é diretriz da Secretaria de Saúde de Campinas, que tem como meta a eliminação da sífilis congênita no município - menos de um caso para cada 1 mil nascidos vivos. A sanitarista informa, ainda, que a sífilis congênita é de notificação compulsória desde julho de 2005 e que, portanto, todos os casos têm que ser informados obrigatoriamente à Vigilância em Saúde.

Em Campinas, nos últimos anos, a Secretaria de Saúde tem atuado para estabelecer uma rede competente de diagnóstico e tratamento da sífilis, com notificação e vigilância ativa da gestante com sífilis. Uma das ações neste sentido é o monitoramento de todos os casos de sífilis diagnosticados no laboratório municipal visando principalmente o tratamento adequado.

Em relação à sífilis congênita, a partir dos casos suspeitos notificados nas maternidades de Campinas, é realizada discussão com a equipe do centro de saúde onde o pré-natal foi realizado para identificar se houve falhas e propor medidas de adequação das condutas.

Segundo a equipe técnica da Covisa, em Campinas é possível ter o controle e caminhar para a eliminação da sífilis congênita já que 98% das gestantes realizam pré-natal e em número de consultas suficiente para diagnóstico e tratamento da doença.

Denize Assis

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