As ações de educação e
comunicação social executadas por Centros de Saúde,
organizações não-governamentais (ong) e do Programa
Municipal (PM) de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
e Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da
Prefeitura de Campinas apresentadas no 6º Congresso
Brasileiro de Prevenção, realizado de 4 a 7 em Belo
Horizonte, "devem servir de exemplo e inspiração o
Brasil".
A opinião é da
coordenadora do Programa Nacional de DST/Aids (PNDST/Aids)
do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, que concedeu
entrevista exclusiva sobre o evento e a participação das
cidades no que é um dos encontros mais importantes do
mundo sobre o tema. A entrevista foi concedida após a
conferência do ex-coordenador Pedro Chequer, que
destacou o "retrocesso" do controle ao HIV nos países
que adotam a "Política do ABC", promovida pelo governo
do presidente norte-americano George W. Bush.
São políticas que pregam
abstinência sexual e de drogas e a fidelidade entre
parceiros sexuais como formas de prevenção à aids. Para
Chequer, tais recomendações não funcionam pois não
representam a natureza da pessoa humana. "E o pior é que
fazem com que não haja educação e as pessoas crescem sem
saber como fazer prevenção à aids", disse.
Campinas foi ao congresso
com representação de Centros de Saúde da Rede Pública da
Secretaria Municipal de Saúde, profissionais do Centro
de Referência do PMDST/Aids-Cps, organizações
não-governamentais parceiras do Programa Municipal e
organizações governamentais que também atuam junto a
esta área programática.
Alguns dos projetos
apresentados destacam a atuação do Programa DST/Aids de
Campinas junto às populações consideradas mais
vulneráveis à infecção pelo hiv devido ao historio de
opressão, desrespeito aos direitos sociais, políticos e
econômicos, dificuldades que repercutem no acesso a bens
de consumo, como preservativos, considerados
mundialmente como a melhor forma de prevenção à aids nas
relações sexuais.
Foram apresentados
projetos de Redução de Danos para Usuários de Drogas,
que não incentivam o uso de drogas, mas atende sem
excluir as pessoas que fizeram esta opção em sua vida,
além de projetos voltados a profissionais do sexo
(prostitutas e michês).
Tais políticas voltadas
às populações mais vulneráveis são combatidas pela
política do ABC do presidente norte-americano Bush.
Mariângela destacou a
forma como Campinas busca a singularidade de cada
população e cada comunidade para desenvolver seus
projetos. "As cidades são onde as pessoas moram e nas
cidades é que acontece a vida cotidiana, é onde as
pessoas trabalham, têm suas relações afetivas, sócias
etc. Então é importante que nas cidades as respostas
sejam construídas e efetivadas", avaliou.
"E na verdade, municípios
como Campinas são um exemplo para o Brasil. O SUS,
Sistema Único de Saúde precisa de experiência positivas
que sejam divulgadas e mostradas como boas práticas e
essas boas práticas servem de exemplo para outros
lugares que ainda não conseguiram avançar", disse a
coordenadora do Programa Nacional de DST/Aids.
Segundo ela, um dos
objetivos centrais com a realização do Congresso foi
permitir a troca de experiências sobre as ações de
prevenção. "Neste sentido, Campinas está de parabéns ao
longo da história de luta contra a aids no Brasil.
Campinas vem sendo um exemplo a ser seguido e
reproduzido para todo o Brasil".
Para Mariângela, o
congresso trouxe "vários símbolos juntos": "Como a
comemoração dos 10 anos de terapia antirretroviral no
Brasil, os 20 anos do Programa de Aids, e ele se
desenvolveu bem, num clima muito afetivo de construção e
reflexão sobre as nossas práticas e de possibilidades do
que pode acontecer daqui para frente".
(Eli Fernandes – 13 de novembro de
2006, da Assessoria de Imprensa do Programa Municipal
de DST/Aids de Campinas -
comunicaids@gmail.com
)
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