Centro de Saúde do Parque Floresta realiza ações de prevenção à aids em escola e busca sensibilizar mulheres jovens para realização do teste de HIV

24/11/2006

Atividades contam com matriciamento e apoio do Programa Municipal de DST/Aids
da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas

Uma escola pública da região Noroeste de Campinas é onde o Centro de Saúde (CS) do Parque Floresta realiza uma série de atividades educativas, que envolvem apresentações artístico-culturais, para prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (dst) e aids na semana em que, em todo o mundo, é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

As atividades de prevenção às dst e aids do CS Parque Floresta têm apoio e matriciamento do Programa Municipal (PM) de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas. Em toda a cidade, organizações governamentais e não-governamentais realizam, em parceria com o Programa DST/Aids, um conjunto de ações de educação e comunicação social acerca da aids e das dst neste período.

A data, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da Organização Mundial de Saúde (OMS) é o Dia 1º de Dezembro. No Parque Floresta, no entanto, as atividades de prevenção serão realizadas no dia 2 de dezembro, para marcar o final da semana de atividades. O foco, segundo a enfermeira Iracélia Mariana Góes de Vasconcelos, coordenadora do Centro de Saúde, está nas mulheres jovens.

Vida mais forte que a aids

No Brasil, de acordo com recomendação do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde, o tema do dia 1º de Dezembro é o protagonismo das pessoas que vivem com hiv ou que têm aids (pvha) e o slogam da campanha é o seguinte: "A vida é mais forte que a aids". Ações de prevenção entre as pessoas que vivem com hiv/aids, de auto-estima e promoção da qualidade de vida, bem como a diminuição do estigma e do preconceito na população em geral, realizadas cotidianamente, devem ter maior visibilidade a partir deste período.

Até 25 de novembro de 2005, quando foi divulgado o balanço anual de casos de aids no município, Campinas havia registrado 4.397 casos da síndrome, desde o início da epidemia, na década de 80. A principal causa da transmissão do vírus hiv (que provoca a aids) está nas relações sexuais desprotegidas (sem uso de camisinha) entre heterossexuais e o maior crescimento da epidemia está entre as mulheres jovens.

Se na década de 80 havia cerca de 40 casos entre homens para cada caso de aids entre mulheres, atualmente a relação é de dois casos entre homens para cada caso em uma mulher.

Segundo a equipe do Centro de Saúde Parque Floresta, o evento será realizado no sábado, quando a escola normalmente fica aberta à comunidade para realização de atividades do Programa Escola da Família.

O evento com atividades de prevenção do CS Parque Floresta chama-se "Fala Jovem", que já é realizado ao longo do ano, onde são articuladas as ações de prevenção às dst/aids, outras questões relacionadas à saúde, e tem apoio de representantes do Movimento Hip Hop, principalmente das comunidades locais. De acordo com profissionais da unidade saúde a estética do Hip Hop está presente no cotidiano das população dos bairros da região.

Mulheres jovens

O público-alvo é principalmente a população jovem da área de abrangência do Centro de Saúde. A programação inclui apresentações de grupos de rap, dançarinos, grafiteiros e palestrantes. Grupos de capoeira também estão entre as atrações deste dia. Segundo a coordenadora, durante toda a semana, a população que acessa o Centro de Saúde será convidada a participar do evento.

O apelo cultural, segundo ela, expresso na música e nas expressões artísticas do Hip Hop e da capoeira, visa atrair um número ainda maior de pessoas que serão convidadas a procurar o Centro de Saúde e realizar o teste de hiv e sífilis, através do movimento Fique Sabendo, encampado pelo Ministério da Saúde e Programas de DST/Aids, para promover o diagnóstico precoce do hiv.

Estimativa com base em projeções do Ministério da Saúde apontam que pelo menos 2 mil pessoas em Campinas são portadoras do vírus hiv e não sabem. Quanto mais cedo souberem do diagnóstico positivo para o hiv melhor poderá ser o tratamento que, em Campinas, pode ser feito através do Centro de Referência (CR) do PM DST/Aids, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Centro Corsini, através do Sistema Único de Saúde (SUS), que garante tratamento às pessoas que vivem com hiv ou que têm aids.

O teste de hiv pode ser feito em qualquer Centro de Saúde de Campinas ou por meio do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, localizado à rua Regente Feijó, 637, no Centro. O Centro de Referência DST/Aids funciona de segunda a sexta, das 7h às 20h e o telefone, para saber mais sobre o teste de aids é (19) 3236 – 3711. Para saber mais sobre o Centro de Referência o telefone é o (19) 3234 – 5000. O teste de aids é gratuito e sigiloso. Somente a pessoa que fez o teste fica sabendo o resultado.

Mais informações à Imprensa: (19) 8115 – 4856, 3234 – 5000, 3236 – 3711, com Eli Fernandes

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