Uma escola pública da
região Noroeste de Campinas é onde o Centro de Saúde (CS)
do Parque Floresta realiza uma série de atividades
educativas, que envolvem apresentações
artístico-culturais, para prevenção às doenças
sexualmente transmissíveis (dst) e aids na semana em
que, em todo o mundo, é celebrado o Dia Mundial de Luta
Contra a Aids.
As atividades de
prevenção às dst e aids do CS Parque Floresta têm apoio
e matriciamento do Programa Municipal (PM) de DST/Aids
da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de
Campinas. Em toda a cidade, organizações governamentais
e não-governamentais realizam, em parceria com o
Programa DST/Aids, um conjunto de ações de educação e
comunicação social acerca da aids e das dst neste
período.
A data, reconhecida pela
Organização das Nações Unidas (ONU), através da
Organização Mundial de Saúde (OMS) é o Dia 1º de
Dezembro. No Parque Floresta, no entanto, as atividades
de prevenção serão realizadas no dia 2 de dezembro, para
marcar o final da semana de atividades. O foco, segundo
a enfermeira Iracélia Mariana Góes de Vasconcelos,
coordenadora do Centro de Saúde, está nas mulheres
jovens.
Vida mais forte que a
aids
No Brasil, de acordo com
recomendação do Programa Nacional de DST/Aids do
Ministério da Saúde, o tema do dia 1º de Dezembro é o
protagonismo das pessoas que vivem com hiv ou que têm
aids (pvha) e o slogam da campanha é o seguinte:
"A vida é mais forte que a aids". Ações de prevenção
entre as pessoas que vivem com hiv/aids, de auto-estima
e promoção da qualidade de vida, bem como a diminuição
do estigma e do preconceito na população em geral,
realizadas cotidianamente, devem ter maior visibilidade
a partir deste período.
Até 25 de novembro de
2005, quando foi divulgado o balanço anual de casos de
aids no município, Campinas havia registrado 4.397 casos
da síndrome, desde o início da epidemia, na década de
80. A principal causa da transmissão do vírus hiv (que
provoca a aids) está nas relações sexuais desprotegidas
(sem uso de camisinha) entre heterossexuais e o maior
crescimento da epidemia está entre as mulheres jovens.
Se na década de 80 havia
cerca de 40 casos entre homens para cada caso de aids
entre mulheres, atualmente a relação é de dois casos
entre homens para cada caso em uma mulher.
Segundo a equipe do
Centro de Saúde Parque Floresta, o evento será realizado
no sábado, quando a escola normalmente fica aberta à
comunidade para realização de atividades do Programa
Escola da Família.
O evento com atividades
de prevenção do CS Parque Floresta chama-se "Fala
Jovem", que já é realizado ao longo do ano, onde são
articuladas as ações de prevenção às dst/aids, outras
questões relacionadas à saúde, e tem apoio de
representantes do Movimento Hip Hop, principalmente das
comunidades locais. De acordo com profissionais da
unidade saúde a estética do Hip Hop está presente no
cotidiano das população dos bairros da região.
Mulheres jovens
O público-alvo é
principalmente a população jovem da área de abrangência
do Centro de Saúde. A programação inclui apresentações
de grupos de rap, dançarinos, grafiteiros e
palestrantes. Grupos de capoeira também estão entre as
atrações deste dia. Segundo a coordenadora, durante toda
a semana, a população que acessa o Centro de Saúde será
convidada a participar do evento.
O apelo cultural, segundo
ela, expresso na música e nas expressões artísticas do
Hip Hop e da capoeira, visa atrair um número ainda maior
de pessoas que serão convidadas a procurar o Centro de
Saúde e realizar o teste de hiv e sífilis, através do
movimento Fique Sabendo, encampado pelo Ministério da
Saúde e Programas de DST/Aids, para promover o
diagnóstico precoce do hiv.
Estimativa com base em
projeções do Ministério da Saúde apontam que pelo menos
2 mil pessoas em Campinas são portadoras do vírus hiv e
não sabem. Quanto mais cedo souberem do diagnóstico
positivo para o hiv melhor poderá ser o tratamento que,
em Campinas, pode ser feito através do Centro de
Referência (CR) do PM DST/Aids, da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica
(PUC) e Centro Corsini, através do Sistema Único de
Saúde (SUS), que garante tratamento às pessoas que vivem
com hiv ou que têm aids.
O teste de hiv pode ser
feito em qualquer Centro de Saúde de Campinas ou por
meio do Centro de Referência do Programa Municipal de
DST/Aids de Campinas, localizado à rua Regente Feijó,
637, no Centro. O Centro de Referência DST/Aids funciona
de segunda a sexta, das 7h às 20h e o telefone, para
saber mais sobre o teste de aids é (19) 3236 – 3711.
Para saber mais sobre o Centro de Referência o telefone
é o (19) 3234 – 5000. O teste de aids é gratuito e
sigiloso. Somente a pessoa que fez o teste fica sabendo
o resultado.
Mais informações à
Imprensa: (19) 8115 – 4856, 3234 – 5000, 3236 –
3711, com Eli Fernandes