Campinas promove campanha para marcar Dia de Luta contra o Câncer

24/11/2006

Atividades, que serão desenvolvidas no Campinas Shopping, vão focar o câncer de colo retal

Campinas promove entre 25 e 27 de novembro, uma campanha com o objetivo de ampliar o conhecimento da população sobre a prevenção e o tratamento dos vários tipos de câncer. O evento marca o Dia Internacional de Luta contra o Câncer, em 27 de novembro.

A Campanha é uma promoção conjunta da Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci), Secretaria de Saúde de Campinas e Hospital Celso Pierro, com apoio de alunos e professores da área da Saúde da Pontifícia Universidade Católica PUC-Campinas.

As ações serão realizadas no Campinas Shopping, das 12h às 22h – no domingo, dia 26, até 20h -, com exposição gratuita e aberta ao público. Na segunda-feira, 27, um grupo de crianças do ensino fundamental de cinco escolas de Campinas vai participar o evento. O Campinas Shopping fica na Rua Jocy Teixeira Camargo, 940, Jardim do Lago.

A campanha vai abordar principalmente câncer de colo retal, que abrange tumores que atingem o cólon - intestino grosso - e o reto. Trata-se de um tipo de câncer crescente no Brasil, principalmente na Região Sudeste. Acomete tanto homens como mulheres. "Daremos atenção especial a este tipo de câncer principalmente por ser evitável, já que são conhecidos os fatores que o causam. Detectados precocemente, 100% dos casos são curáveis", afirma o professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas Joaquim Simões Neto, coordenador da campanha.

As estimativas de incidência de câncer no Brasil para 2006, publicadas pelo Instituto Nacional do Câncer, apontam o câncer de colo retal como o quinto tumor maligno mais freqüente entre homens, com 11.390 casos novos, e o quarto entre as mulheres, com 13.970 casos novos.

“A maior incidência de casos ocorre na faixa etária entre 50 e 70 anos de idade, mas as possibilidades de desenvolvimento já aumentam a partir dos 40 anos", informa Joaquim.

No evento será exibida uma réplica gigante do intestino, com 27 metros de extensão, 3 metros de largura e 3 metros de altura. As pessoas vão poder caminhar dentro da réplica, ter contato de forma didática com as diversas doenças que podem afetar o intestino e receber informações sobre a prevenção. As visitas serão monitoradas por profissionais de saúde.

O intestino gigante, construído pela Abrapeci, já foi exposto em diversas cidades brasileiras: São Paulo, Recife, Vitória, Rio de Janeiro, Goiânia, Maceió, Belo Horizonte, São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Fortaleza e visitado por cerca de 50 mil pessoas.

Saiba mais.

O intestino grosso tem por função reabsorver água. Suas células epiteliais secretam muco, que lubrifica a massa de resíduo alimentar, absorvendo água e formando as fezes a serem eliminadas do organismo.

São várias as doenças que podem atingir o intestino: retrocolite ulcerativa, doença de Cronh, divertículo, pólipo, colite e a mais grave é o câncer, que é um tumor que se desenvolve na parede do intestino.

Alguns sinais de alerta para as doenças de intestino são sangramento anal, sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarréia e constipação alternados), vontade freqüente de ir ao banheiro, com sensação de evacuação incompleta, dor ou desconforto abdominal ou anal, fraqueza, anemia, sensação de gases ou distensão e perda de peso sem causa aparente.

“Estes são sinais de alerta que devem ser valorizados, mas não necessariamente significam câncer. O único apto a fazer o diagnóstico é o médico”, diz Joaquim.

Alimentação e vida saudáveis são os principais aliados para a prevenção da doença. A recomendação é aumentar o consumo de fibras, frutas e vegetais frescos e diminuir o consumo de gordura, álcool e fumo.

O exame mais importante para a detecção precoce do câncer do intestino grosso é o proctológico, que deve ser complementado pelo exame colonoscópico, nos indivíduos de risco ou com sintomas intestinais. Este tipo de exame deve ser iniciado a partir dos 50 anos. As pessoas com antecedente pessoal ou familiar de pólipos benignos, câncer do intestino, retocolite ulcerativa ou doença de Crohn, câncer de mama, ovário ou útero devem procurar o médico regularmente.

Denize Assis

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