Campinas promove
entre 25 e 27 de novembro, uma campanha com o
objetivo de ampliar o conhecimento da população
sobre a prevenção e o tratamento dos vários tipos de
câncer. O evento marca o Dia Internacional de Luta
contra o Câncer, em 27 de novembro.
A Campanha é uma
promoção conjunta da Associação Brasileira de
Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci),
Secretaria de Saúde de Campinas e Hospital Celso
Pierro, com apoio de alunos e professores da área da
Saúde da Pontifícia Universidade Católica
PUC-Campinas.
As ações serão
realizadas no Campinas Shopping, das 12h às 22h – no
domingo, dia 26, até 20h -, com exposição gratuita e
aberta ao público. Na segunda-feira, 27, um grupo de
crianças do ensino fundamental de cinco escolas de
Campinas vai participar o evento. O Campinas
Shopping fica na Rua Jocy Teixeira Camargo, 940,
Jardim do Lago.
A campanha vai
abordar principalmente câncer de colo retal, que
abrange tumores que atingem o cólon - intestino
grosso - e o reto. Trata-se de um tipo de câncer
crescente no Brasil, principalmente na Região
Sudeste. Acomete tanto homens como mulheres.
"Daremos atenção especial a este tipo de câncer
principalmente por ser evitável, já que são
conhecidos os fatores que o causam. Detectados
precocemente, 100% dos casos são curáveis", afirma o
professor da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas
Joaquim Simões Neto, coordenador da campanha.
As estimativas de
incidência de câncer no Brasil para 2006, publicadas
pelo Instituto Nacional do Câncer, apontam o câncer
de colo retal como o quinto tumor maligno mais
freqüente entre homens, com 11.390 casos novos, e o
quarto entre as mulheres, com 13.970 casos novos.
“A maior incidência
de casos ocorre na faixa etária entre 50 e 70 anos
de idade, mas as possibilidades de desenvolvimento
já aumentam a partir dos 40 anos", informa Joaquim.
No evento será
exibida uma réplica gigante do intestino, com 27
metros de extensão, 3 metros de largura e 3 metros
de altura. As pessoas vão poder caminhar dentro da
réplica, ter contato de forma didática com as
diversas doenças que podem afetar o intestino e
receber informações sobre a prevenção. As visitas
serão monitoradas por profissionais de saúde.
O intestino
gigante, construído pela Abrapeci, já foi exposto em
diversas cidades brasileiras: São Paulo, Recife,
Vitória, Rio de Janeiro, Goiânia, Maceió, Belo
Horizonte, São José dos Campos, São Bernardo do
Campo, Fortaleza e visitado por cerca de 50 mil
pessoas.
Saiba mais.
O intestino grosso
tem por função reabsorver água. Suas células
epiteliais secretam muco, que lubrifica a massa de
resíduo alimentar, absorvendo água e formando as
fezes a serem eliminadas do organismo.
São várias as doenças
que podem atingir o intestino: retrocolite
ulcerativa, doença de Cronh, divertículo, pólipo,
colite e a mais grave é o câncer, que é um tumor que
se desenvolve na parede do intestino.
Alguns sinais de
alerta para as doenças de intestino são sangramento
anal, sangue nas fezes, alteração do hábito
intestinal (diarréia e constipação alternados),
vontade freqüente de ir ao banheiro, com sensação de
evacuação incompleta, dor ou desconforto abdominal
ou anal, fraqueza, anemia, sensação de gases ou
distensão e perda de peso sem causa aparente.
“Estes são sinais
de alerta que devem ser valorizados, mas não
necessariamente significam câncer. O único apto a
fazer o diagnóstico é o médico”, diz Joaquim.
Alimentação e
vida saudáveis são os principais aliados para a
prevenção da doença. A recomendação é aumentar o
consumo de fibras, frutas e vegetais frescos e
diminuir o consumo de gordura, álcool e fumo.
O exame mais
importante para a detecção precoce do câncer do
intestino grosso é o proctológico, que deve ser
complementado pelo exame colonoscópico, nos
indivíduos de risco ou com sintomas intestinais.
Este tipo de exame deve ser iniciado a partir dos 50
anos. As pessoas com antecedente pessoal ou familiar
de pólipos benignos, câncer do intestino, retocolite
ulcerativa ou doença de Crohn, câncer de mama,
ovário ou útero devem procurar o médico
regularmente.
Denize
Assis