Saúde prepara equipes da atenção básica para diagnosticar e tratar Doença de Parkinson

28/11/2006

A Secretaria de Saúde de Campinas promove nesta terça-feira, 28 de novembro, e na quinta-feira, dia 30, atualização em Doença de Parkinson para médicos clínicos, generalistas, neurologistas, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos que atuam nas unidades básicas de saúde. O objetivo é promover uma rede competente de diagnóstico e tratamento desta doença que acomete 1% das pessoas com mais de 65 anos.

“A capacitação visa atualizar os profissionais para que saibam lidar melhor com esta doença, já que na fase inicial é possível tratar e acompanhar o paciente na unidade básica sem necessidade de encaminhamento para um serviço de atenção secundária”, diz o médico Rogério Araújo, coordenador municipal da área técnica da Saúde do Adulto.

Segundo Rogério, esta patologia trata-se de uma doença crônico-degenerativa do sistema nervoso central que não tem cura, mas que pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. “A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam”, informa.

De acordo com o médico, a Secretaria de Saúde de Campinas disponibiliza medicamentos de alto custo indicados para tratar os sintomas da Doença de Parkinson. Também oferece fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicologia para acompanhamento do quadro depressivo que muitas vezes acomete a pessoa no início da doença.

Além disso, também dispõe de terapias integrativas – acupuntura e outros - que auxiliam na reabilitação do paciente. A rede de saúde municipal ainda conta com equipes multidisciplinares que estão capacitadas para orientar as famílias.

Saiba mais.

A doença de Parkinson é uma enfermidade que foi descrita pela primeira vez em 1817, pelo médico inglês James Parkinson. É uma doença neurológica, que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, e alterações na fala e na escrita. Não é uma doença fatal, nem contagiosa, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do parkinsoniano.

Também não há evidências de que seja hereditária. Apesar dos avanços científicos, ainda continua incurável, é progressiva.

A doença pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sexo, raça, cor ou classe social. A doença de Parkinson tende a afetar pessoas mais idosas. A grande maioria das pessoas tem os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade. Mas pode também acontecer nas idades mais jovens, embora os casos sejam mais raros.

Denize Assis

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