Autor: Denize Assis
Na última sexta-feira, 14 de novembro, Dia Mundial contra o Diabetes, 1.311 pessoas foram atendidas por equipes de saúde em duas tendas montadas na Praça Rui Barbosa, Centro de Campinas, atrás da Catedral Metropolitana. Elas puderam aferir a glicemia e receberam orientações nutricionais e informações sobre a doença.
Do total de cidadãos atendidos, 146 apresentaram resultados alterados – sendo uma pessoa menor de 18 anos. Destes, 98 relataram já estar em acompanhamento e 48 desconheciam a sua situação e foram encaminhados para assistência nos centros de saúde e nos Prontos-Socorros.
A atividade foi organizada pelas coordenações técnicas das áreas de Saúde da Criança e do Adolescente, Saúde do Adulto, Assistência Farmacêutica e de Enfermagem. Também houve apoio da Faculdade de Nutrição da Metrocamp.
Uma das pessoas atendidas foi a professora aposentada Maria Auxiliadora Azambuja Silva, de 76 anos. “Vi o movimento e resolvi checar. Já sei que tenho diabetes. A doença não me atrapalha, mas faço acompanhamento e sigo corretamente a indicação médica e faço dieta”, contou.
Além da ação na praça, os 63 centros de saúde espalhados por todas as regiões do município também desenvolveram ações de educação, informação e mobilização social como palestras, testes de glicemia, orientações sobre nutrição, exposição de cartazes e painéis, exibição de filmes, distribuição de materiais informativos, sessões de ginástica e caminhadas entre outras atividades.
Numa ação em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o Paço Municipal e da Torre do Balão do Castelo foram iluminados com a cor azul - cor símbolo sugerida para Dia Mundial contra o Diabetes pela International Diabetes Federation (IDF) e adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2007.
A idéia é chamar a atenção sobre o impacto dessa doença, sobretudo para portadores e famílias e para defender políticas públicas que favoreçam e possibilitem a essas pessoas viverem mais e melhor. Mais de 300 monumentos foram iluminados em todo mundo.
O Brasil, até 2025, deverá passar do oitavo para o quarto lugar no ranking mundial de pessoas maiores de 18 anos com diabetes. O número de brasileiros, nessa faixa etária, que vivem com a doença chegará a 17,6 milhões – quase 2,5 vezes mais que os atuais 7,3 milhões de adultos. O aumento significa cerca de 650 mil novos casos por ano. Em todo o mundo, estima-se que haja 246 milhões de pessoas com diabetes. Até 2025, esse número deve chegar a 380 milhões, segundo a IDF.
Atualmente, o diabetes é considerado uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doenças cardiovasculares. Estima-se que cerca de 75% dos portadores da doença no Brasil recorrem ao Sistema Único de Saúde. Em Campinas, a estimativa é de 80 mil a 100 mil portadores da doença.