Campinas reúne profissionais e usuários do SUS no IV Encontro Anual de Hanseníase

21/11/2008

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde, promove na próxima segunda-feira, dia 24 de novembro, no Salão Vermelho do Paço Municipal, a partir das 10h, o IV Encontro anual de hanseníase.

No evento, serão enfocados os temas: Importância do diagnóstico precoce e Direitos e benefícios sociais dos pacientes. Dois representantes do Movimento Nacional de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio Correa Sousa e Daniel Novatto, vão participar.

Este ano, diferente das edições anteriores, o encontro será aberto aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus representantes, por meio dos Conselhos Municipais de Saúde e grupos de pacientes, e interessados no tema. O objetivo é chamar a atenção da população na luta pela eliminação da hanseníase.

Segundo o médico sanitarista André Ribas Freitas, da Vigilância em Saúde, Campinas tem baixas prevalência e incidência da hanseníase – menos de um caso por 10 mil habitantes. “No entanto, é preciso o alcance de um número cada vez mais reduzido de casos. E o mais importante, identificar os pacientes mais precocemente. Nos últimos anos, grande parte dos diagnósticos tem sido realizada quando a pessoa já tem alguma incapacidade instalada, o que significa que o pacientes pode desenvolver seqüelas”, diz.

Segundo André, neste sentido, o encontro visa principalmente informar a comunidade e seus representantes sobre como identificar os sintomas mais freqüentes da hanseníase. Manchas esbranquiçadas e dormentes na pele podem ser consideradas sinais da doença. Além disso, também pretende sensibilizar a rede de saúde sobre a importância do diagnóstico precoce.

“O mais importante é que a população saiba os sintomas iniciais e faça adesão ao tratamento. Em Campinas não temos tido problema de abandono mas é importante que os familiares também sejam avaliados, principalmente quem conviveu no mesmo domicílio do paciente nos últimos 10 anos. São iniciativas que a própria população pode adotar no sentido de fazer o diagnóstico precoce”, afirma André.

O Brasil é um dos países com a maior prevalência de hanseníase no mundo, inclusive com casos em crianças – 4 mil casos hoje.

A hanseníase é uma doença crônica e contagiosa. Tem como principais sintomas manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, em qualquer lugar do corpo, acompanhadas de alteração da sensibilidade à dor, calor e tato. O diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar que a doença se propague. O tratamento cura, é gratuito e demora de seis meses a um ano.

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