Pesquisa aponta maior infestação pelo mosquito da dengue em Campinas

12/11/2009

Autor: Da Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde

A Secretaria de Saúde de Campinas divulgou nesta quarta-feira, dia 11 de novembro, resultado do Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado no final de outubro.

O índice – 1,05 - é o maior já identificado no município nessa época do ano desde 2001 e confirma a previsão dos técnicos da Vigilância em Saúde que tinham esta expectativa devido ao inverno chuvoso e com temperaturas mais altas.

Esta pesquisa - que consiste em trabalhar áreas, por amostragem, em todas as regiões da cidade - aponta o número de criadouros com larva do Aedes aegypti a cada 100 domicílios. O objetivo é identificar áreas de maior risco de transmissão e intervir para evitar aumento de casos nos meses de calor e chuva. Ao todo, foram visitados 24.911 domicílios. Em 343 foram encontrados criadouros com larvas do mosquito da dengue.

As áreas de maior infestação foram as localizadas na abrangência dos Centros de Saúde Santa Mônica – 6,5 -; Barão Geraldo - 5,8 -; Tancredão – 3,9 -; São Marcos; e União dos Bairros.

O LIRAa também aponta quais são os principais criadouros. Em Campinas, o pratinho do vaso de planta continua sendo o mais encontrado. Na região norte, onde se localizam Barão Geraldo, São Marcos e Santa Mônica, os pratinhos de vasos e as plantas que acumulam água, como bromélias, são os criadouros mais importantes.

Nas regiões noroeste, sudoeste e leste são os resíduos inservíveis como pneus, latas, potes e outros. Na sul, os reservatórios de água principalmente nas áreas sem abastecimento regular. Também consistem em importantes criadouros em toda cidade os resíduos de construções e os chamados criadouros fixos como calhas, lajes, caixas d´água, piscinas sem o devido cuidado.

“É importante que a população tenha sempre o olhar crítico para dentro dos seus domicílios, onde estão mais de 80% dos criadouros. Ficar atento para não deixar acumular água parada é uma das armas eficazes no combate ao mosquito transmissor da doença. As chuvas que caem no país e as altas temperaturas desta época do ano exigem ainda mais atenção. Então, se não adotarmos uma atitude positiva, existe risco uma epidemia nos próximos períodos”, afirma a médica veterinária Andréa Von Zuben, coordenadora do Programa de Dengue em Campinas.

A Vigilância em Saúde recomenda algumas medidas simples para prevenir a infestação pelo mosquito. A população deve evitar acumular água em garrafas, latas, pneus, nas calhas que escoam as águas de chuvas e nas lajes das casas que não são cobertas com telhados. Estes são os locais ideais para o mosquito Aedes aegypti depositar seus ovos.

Retirar os pratos de vasos de plantas, desobstruir as calhas, manter fechados ralos da cozinha e dos banheiros quando não estiverem sendo usados, fechar sacos de lixo, manter lixeiras fechadas, evitar o acúmulo de lixo perto de casa, lavar o suporte de garrafões de água mineral sempre que eles forem trocados e manter fechada a tampa do vaso sanitário de banheiros pouco usados também são medidas que contribuem para manter a dengue distante.

“Por mais que haja esforço das autoridades, a luta contra a dengue só será realmente eficaz com a participação de toda comunidade”, diz Andréa.

Campinas registrou, em 2009, 189 casos autóctones de dengue. Em 2008, foram 259. Neste momento, não estão sendo registrados casos da doença no município.

Ações. A Secretaria de Saúde desenvolve ações diárias para prevenir a dengue em Campinas. Nesta quarta-feira, 11 de novembro, foram desenvolvidas ativdades na Vila Padre Anchieta, região norte, com remoção e inviabilização de criadouros, além de ações de educação, informação e mobilização social. Na região noroeste, no Satélite Íris, houve apresentação de peça de teatro de fantoches sobre dengue para crianças na sede da ONG Progen.

Nos dias 24 e 27 de novembro, acontece oficina de dengue voltada para equipes de saúde da Prefeitura. Na ocasião, a principal discussão será sobre o papel da atenção básica no combate à doença.

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