Saúde convoca população para tomar vacina contra o sarampo e reforça medidas de vigilância

04/11/2010

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas intensifica a partir desta quarta-feira, dia 3 de novembro, a vacinação e as ações de vigilância epidemiológica contra o sarampo. O objetivo é reforçar a prevenção contra a doença, após registros de casos ocorridos em estados brasileiros como Pará e Rio Grande do Sul, onde houve dois surtos familiares, e Paraíba, onde já foram confirmados mais de 40 casos.

A estratégia inclui a convocação de todas as crianças que não estejam com a carteira de vacinação em dia para que compareçam ao Centro de Saúde (CS) mais próximo. A vacina Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) deve ser feita quando a criança completa 1 ano de idade e depois é necessário um reforço entre 4 e 6 anos.

Também estão convocados a comparecer ao CS as pessoas com idade entre 6 anos e 19 anos e que não tenham recebido o esquema completo de vacinação contra a doença, ou seja duas doses. Quem tiver somente uma dose, deve tomar o reforço. Quem não tiver nenhuma, deve fazer a primeira dose e o reforço após 30 dias.

Ainda será feita vacinação seletiva de todas as pessoas que trabalhem em aeroportos e rodoviárias, o que inclui taxistas, nascidas após 1960, que não tenham o esquema completo de vacinação. Também precisam tomar a dose todos os profissionais de saúde e de educação. Além disso, devem estar em dia com a vacinação guias de turismo e pessoas que vão viajar para outras regiões do Brasil, especialmente para a Europa, Ásia e África.

Aqueles que tiverem dúvidas, devem procurar o Centro de Saúde. São 63 CSs em Campinas. Informações sobre endereços das unidades e horário de atendimento podem ser obtidas pelo telefone 156, da Prefeitura, ou pelo Disque-Saúde, pelo160.

Campinas não registra casos autóctones de sarampo, isto é quando a doença é contraída na própria cidade, desde 1999. No Estado de São Paulo, a última ocorrência autóctone foi em 2000. No entanto, as notificações em outros estados e a proximidade do período de férias, quando muitos jovens irão viajar pelo Brasil ou para o exterior, reforça a necessidade de prevenção.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), ainda há transmissão de sarampo em todos os continentes. No Brasil, não há transmissão sustentada da doença. De acordo com critérios internacionais, para haver transmissão sustentada é necessário que o vírus identificado circule no país por mais de 12 meses.

Segundo a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde de Campinas, o sarampo pode atingir pessoas de qualquer idade que não tenham a vacinação em dia. Trata-se de uma doença grave, que pode evoluir com complicações e até levar à morte.

“É importante que as pessoas busquem proteção contra o sarampo, tomando a vacina gratuitamente nos centros de saúde. Somente dessa forma é possível evitar que o vírus causador da doença volte a circular no Estado e de forma sustentada no País”, afirma Maria do Carmo.

Outras ações. Além da intensificação da vacinação, a Vigilância em Saúde de Campinas reuniu-se com técnicos de todas as Vigilâncias em Saúde Distritais para informar sobre a situação e reforçar a necessidade das equipes estarem atentas para identificação oportuna da ocorrência de casos suspeitos e notificação imediata. Também será promovida reunião com representantes de instituições de saúde do sistema privado.

Alunos de todas as escolas públicas vão receber uma filipeta para levar para casa com o objetivo de informar as famílias para que verifiquem a carteira de vacinas e, se necessário, compareçam ao Centro de Saúde para completar o esquema vacinal.

O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus, de transmissão respiratória e altamente contagiosa. Os principais sintomas são febre alta, tosse intensa, coriza, conjuntivite e exantema (pele com placas ásperas avermelhadas).

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