Autor: Denize Assis
A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), promove nesta sexta-feira, dia 5 de novembro, a Oficina sobre risco sanitário em alimentos. O evento ocorre das 8h às 16h no Hotel Vitória Newport Residence, no Cambuí. A oficina é direcionada a coordenadores de Visas, técnicos em alimentos e veterinários.
A aula será ministrada pela médica veterinária Lígia Lindner Schreiner, coordenadora do Projeto de riscos na área de alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O objetivo é qualificar as equipes das Vigilâncias para ações e decisões técnicas na área de alimentos e para avaliar e classificar as situações de acordo com os riscos à saúde da população.
Segundo a Covisa, Campinas possui cerca de 3 mil estabelecimentos na área de alimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, cantinas, inclusive dentro de escolas, fábricas e hospitais, indústrias de alimentos, comércio atacadista e varejista, cozinhas industriais e ambulantes entre outros.
Desde 2009, a Vigilância em Saúde de Campinas adota como estratégia o Programa Municipal de Inspeção em Alimentos, que tem como primeiro segmento de atividade os supermercados, por serem estabelecimentos que recebem um grande número de pessoas. Mais de 25 estabelecimentos de uma rede de hipermercados e duas de supermercados foram inspecionados nos últimos meses.
As inspeções são previstas em lei e atendem a critérios de qualidade que compreendem todas as etapas de produção, processamento, armazenagem, conservação, distribuição e exposição à venda.
Segundo a bióloga Elen Fagundes Telli, coordenadora da Vigilância Sanitária de Campinas, é necessário que os alimentos estejam armazenados adequadamente, na temperatura correta, dentro do prazo de validade, com rotulagem e informações claras de procedência. Também é preciso avaliar a higiene do ambiente e das pessoas que estão servindo ou manipulando os produtos.
“Estar atento ao consumo de alimentos seguros é importante para reduzir os riscos à saúde. A atenção deve ser redobrada em relação a crianças e a idosos, que são mais vulneráveis”, diz a nutricionista Rosana Maria Nogueira, da Vigilância Sanitária Municipal.
De acordo com Rosana, durante a cadeia produtiva de manipulação e fabricação dos alimentos, os mesmos podem estar sujeitos a inúmeras situações que podem comprometer sua inocuidade, segurança e qualidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em países industrializados, 30 % das doenças têm como origem alimentos contaminados.
