Autor: Denize Assis
A Secretaria de Saúde de Campinas apresentou nesta terça-feira, 8 de novembro, durante a oficina macro regional de dengue o seu plano de contingência para enfrentamento da epidemia de dengue no próximo período de calor e chuvas.
O evento ocorreu no auditório da Faculdade Anhanguera e reuniu representantes de 20 municípios entre os quais as cidades prioritárias para a doença na região metropolitana que são Campinas, Americana, Sumaré, Hortolândia, Paulínia e Nova Odessa. Todos apresentaram seus planos. Agora, as propostas seguem para aprovação na Comissão Intergestores Bipartite dos estados e, depois, para o Ministério da Saúde.
A elaboração do plano de contingência não é uma novidade. Campinas tem elaborado este documento todos os anos. No entanto, para 2012, o planejamento tem um caráter diferente porque atrela a proposta ao aumento de repasse de recursos financeiros por parte do Ministério da Saúde, conforme anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no último mês.
No caso de Campinas, a previsão de repasse é de R$ 698.613,38, valor que equivale a 20% a mais do Piso Fixo de Vigilância e Promoção à Saúde. Atualmente, o investimento de Campinas para o controle e prevenção da dengue tem sido em torno de R$ 6 milhões por ano.
O plano de contingência inclui ações relativas ao controle do vetor, o mosquito Aedes aegypti ; vigilância epidemiológica; vigilância sanitária; assistência aos pacientes; e atividades de comunicação, informação e mobilização social.
O médico sanitarista André Ribas Freitas, coordenador municipal do Programa de Dengue, informa que uma parte do plano é relativa às ações de rotina e outra diz respeito a uma eventual situação de epidemia.
“Apesar da redução importante na ocorrência da doença, Campinas continuou a confirmar casos de dengue acima do esperado no período chamado inter epidêmico, que são os meses mais secos e frios. De acordo com a experiência, esta condição aumenta o risco de uma epidemia de maiores proporções no próximo período de calor e chuvas”, explica André.
Além disso, segundo André, outras condições apresentadas pelo município apontam para esta possibilidade como a ocorrência de casos espalhados pelas várias regiões da cidade e a possibilidade da introdução do sorotipo 4, que até então nunca circulou em Campinas.
Em 2011, foram confirmados 3.010 casos de pessoas que adoeceram com dengue em Campinas. Uma pessoa morreu.
Segundo a Secretaria de Saúde, a parte do plano de contingência relativa às ações de rotina será colocada em prática imediatamente, já que os trabalhos são contínuos durante o ano inteiro.
