Autor: Amanda Romero
Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde em setembro aponta que cerca de 30% das chamadas realizadas para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) são trotes. A brincadeira atrapalha o pedido de socorro de pacientes e vitimas de acidentes e atrasa um atendimento que pode salvar vidas.
O serviço conta com oito linhas telefônicas, que em setembro totalizaram 17.186 chamadas. Segundo o coordenador do Samu, José Roberto Hansen, na maioria dos casos os trotes são passados por grupos de crianças e mais de uma linha fica ocupada ao mesmo tempo. “Outro problema é que as atendentes têm que identificar quais casos são trotes ou não, corremos o risco de direcionarmos uma ambulância para o atendimento de uma ocorrência que não existe”, afirma Hansen.
As unidades móveis de socorro são sempre direcionadas para alguma assistência, de forma que ao mandá-las a um local, onde não existe um acidente, o precursor do trote está atrasando diretamente o atendimento de uma vitima que necessita de socorro.
Alguns cuidados podem ser tomados pelas pessoas que estão acionando o Samu através do telefone. O primeiro contato acontece com uma atendente para um rápido cadastro, em que se passa o nome do paciente/vitima, endereço/bairro, telefone pra contato, os sintomas do paciente no momento e o que aconteceu. “É importante enfatizar que nesse momento o atendimento ainda não foi concretizado. Após falar com a atendente, um médico irá conversar com quem está ao telefone para dar orientações. Apenas depois deste procedimento que o chamado estará completo”, explica o coordenador do Samu.
É importante também deixar desocupado o telefone utilizado no contato com o socorro, pois dessa forma o Samu tem mais facilidade de localizar o paciente em caso de problemas ou retornar a ligação, caso ela seja interrompida.
Hansen enfatiza que a população deve ter atenção para não ligar no Samu para pedir informações que não condizem com o serviço. Como para pedir os horários de funcionamento de hospitais, pronto- atendimentos e centros de saúde (essas informações podem ser obtidas por meio do telefone 156) e trajetos urbanos.
As unidades móveis de UTI chegam para ao atendimento em um tempo que varia de 4 a 9 minutos e sempre vão acompanhadas das motolâncias, que encontram antes o local e começam a dar assistência no socorro e, em caso de acidentes, a isolar a área.
O Samu pode ser acionado pelo telefone 192.
