Autor: Marina Avancini
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e funcionários dos Centros de Saúde (CS) de Sousas e Joaquim Egídio estarão nas áreas de lazer dos distritos neste final de semana para alertar a população sobre a Febre Maculosa Brasileira (FMB). Neste ano, foram registrados cinco casos da doença em Campinas. Três pessoas morreram.
De acordo com a coordenadora do CS Sousas, Nicole Montenegro de Medeiros, a ação é importante, pois as pessoas têm poucas informações sobre a doença. “Ainda não há uma procura espontânea da população em relação a informações sobre a febre maculosa. Por isso, essas ações são bastante necessárias”, comenta.
Neste final de semana e nos dois próximos, os profissionais da saúde estarão espalhados por vários pontos de Sousas e Joaquim Egídio, entre eles a Praça Beira-Rio, em Sousas, a trilha que liga os dois distritos, restaurantes, padarias, postos de gasolina, entre outros.
O objetivo da ação é atingir, além da população local, os moradores de outras regiões da cidade que frequentam os distritos aos sábados e domingos.
Além dos finais de semana, o CCZ e os Centros de Saúde estão visitando chácaras da área rural de Joaquim Egídio e distribuindo panfletos nos dois distritos.
De acordo com a coordenadora de Zoonoses de Campinas, Andréa Von Zuben, diarimente 28 profissionais estão envolvidos na operação.
Totens
A Prefeitura de Campinas instalou totens em lugares estratégicos da cidade para alertar a população sobre a FMB. Os objetos estão instalados em Sousas, Joaquim Egídio, Barão Geraldo, Centro de Convivência, Largo do Pará, Bosque dos Jequitibás e Avenida das Amoreiras.
A doença
A Febre Maculosa Brasileira é uma doença infecciosa, transmitida pelo carrapato estrela, também conhecido como “micuim” ou “vermelhinho”, contaminado pela bactéria. Em Campinas, o principal hospedeiro do carrapato é a capivara.
Os sintomas da doença são febre alta, mal estar, dor no corpo e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. Eles podem aparecer de dois a 14 dias após o contato com o carrapato infectado
Para se proteger, é preciso evitar o contato com a vegetação em margens de lagos, rios, córregos, pastos e matas. “Se estiver em algum destes locais, examine o corpo com atenção. Se encontrar algum carrapato, retire com cuidado, fazendo uma leve torção para que ele saia inteiro”, explica Andréa.
A FMB é grave e deve ser tratada precocemente, pois o sucesso do tratamento depende disso. A taxa de letalidade da doença é alta.
As pessoas que tiveram picada de carrapato ou estiveram em ambientes com capivaras e/ou carrapatos, devem informar ao médico para que o tratamento seja iniciado precocemente e, dessa forma, não evolua para um quadro mais grave. “No início, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe. Isso pode dificultar o diagnóstico”, comenta.
Fotos de Carlos Bassan