Mais três casos de raiva em morcego são confirmados em Campinas

07/11/2013

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Três morcegos hematófagos foram encontrados contaminados com o vírus da raiva nas regiões Sul e Norte de Campinas no final de outubro. O Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) da Secretaria de Saúde de Campinas está realizando ações de orientações e bloqueios nessas regiões.

Na região Norte, existe a possibilidade de um dos morcegos encontrados no bairro Jardim São Bento ter tido contato com cães da residência. O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) realizou o reforço vacinal nos cães, que devem ficar em observação domiciliar por seis meses, conforme preconizado por norma técnica.

Além disso, será realizada uma ação de informação casa a casa, com levantamento de dados sobre a população canina e felina, número de animais por imóvel e mês e ano da última vacina contra a raiva recebida pelo animal. “Com estes dados é possível estimar a população canina e felina da área, assim como estimar a cobertura vacinal e avaliar o risco de ocorrência de casos de raiva canina e felina no local”, explica a médica veterinária Coordenadora de Zoonoses, Andréa von Zuben.

No Jardim Chapadão, foi encontrado o quarto caso positivo neste ano e duas ações já foram realizadas na área – uma em maio e outra em setembro.

Na área do Distrito Sul, onde também foi encontrado um morcego contaminado, serão feitas ações educativas nos bairros Vila Campos Sales e parte dos bairros São Martinho, Parque Figueira e Jardim Nova Europa. Essas ações estão sendo realizadas nesta quinta e sexta-feira (7 e 8/11).

O objetivo principal das ações é orientar a população sobre o papel dos morcegos na transmissão da raiva, a importância das espécies de morcegos não hematófagos na natureza, inclusive em áreas urbanas e quando um morcego pode representar risco à saúde pública. “Destacamos nesta ação a importância em se manter cães e gatos vacinados contra a raiva, pois a doença é letal para todos os mamíferos, inclusive humanos”, alerta.

Morcegos encontrados em situação anormal, voando durante o dia, caídos no chão, pousados em muros ou paredes, nunca devem ser manipulados. Deve-se utilizar uma caixa, pano ou balde para imobilizá-lo para impedir que animais domésticos ou alguma pessoa desavisada entre em contato com ele.

Casos

Em 2013, foram confirmados sete casos de raiva em mamíferos no município: cinco bovinos e dois eqüinos nas áreas de Sousas, Joaquim Egídio e Carlos Gomes. Os casos representam risco de contaminação em humanos e o Devisa em parceria com o Escritório de Defesa Agropecuária (EDA), realizou ações de bloqueio da doença, com vacinação de 429 pessoas em setembro.

Campinas não registrava casos de contaminação em bovinos desde 2003, não registra raiva em humanos desde 1982 e em animais domésticos desde 1983.

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