Campinas solta 6 mil balões para marcar Dia de luta contra a Aids

02/12/2002

A Secretaria de Saúde de Campinas marcou este 1 de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lançando para o céu 6 mil balões vermelhos e brancos. A comemoração ocorreu na manhã deste domingo, na Lagoa do Taquaral, onde a Coordenação do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS distribuiu 5 mil preservativos e promoveu uma campanha educativa com as centenas de pessoas que visitaram o local. O evento fechou Semana de luta contra a Aids, instituída no calendário de Campinas por meio da Lei Municipal 11.004 aprovada em 30 de janeiro de 2001.

Do último dia 25 até ontem, 1 de dezembro, Centros de Saúde, ONGs e a Coordenação do Programa de DST/HIV/AIDS promoveram diversas atividades para conscientizar as pessoas sobre as maneiras de prevenir e combater a doença. No total, durante toda semana, foram distribuídas 30 mil camisinhas. Atualmente, as mulheres são as mais vulneráveis à Aids em Campinas, seguindo uma tendência nacional. A infecção está crescendo entre mulheres jovens e também entre as casadas com parceiros fixos. Depois das mulheres, a população usuária de drogas injetáveis é a mais acometida pela doença na cidade.

"Nosso principal desafio hoje é diminuir a incidência do HIV em Campinas atingindo a população mais vulnerável e sem esquecer da prevenção da população em geral", afirma Maria Cristina Ilário, coordenadora do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS.

Cristina informa que, nesta terça-feira, 3 de dezembro, Campinas recebe a visita de uma equipe de médicos bolivianos. Eles vêm conhecer o trabalho desenvolvido pelo município no combate à Aids, por indicação da área de Cooperação Externa da Coordenação de DST/AIDS do Ministério da Saúde.

Campinas é reconhecida no Brasil como modelo na assistência e tratamento da Aids e quer, agora, se tornar referência também na área de prevenção a infecção pelo HIV e outras DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). A cidade tem notificados 3.407 casos de Aids de 82 até novembro de 2002. Deste total, 60% já foram a óbito (2.044). Do total de registros, 2.559 são homens e 845 são mulheres, proporção de aproximadamente três casos em homens para cada caso em mulheres. Na década de 80, início da epidemia, esta proporção era em média de 50 homens para cada mulher.

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