A Secretaria de Saúde
de Campinas marcou este 1 de dezembro, Dia Mundial de Luta
Contra a Aids, lançando para o céu 6 mil balões vermelhos e
brancos. A comemoração ocorreu na manhã deste domingo, na
Lagoa do Taquaral, onde a Coordenação do Programa Municipal de
DST/HIV/AIDS distribuiu 5 mil preservativos e promoveu uma
campanha educativa com as centenas de pessoas que visitaram o
local. O evento fechou Semana de luta contra a Aids, instituída
no calendário de Campinas por meio da Lei Municipal 11.004
aprovada em 30 de janeiro de 2001.
Do último dia
25 até ontem, 1 de dezembro, Centros de Saúde, ONGs e a
Coordenação do Programa de DST/HIV/AIDS promoveram diversas
atividades para conscientizar as pessoas sobre as maneiras de
prevenir e combater a doença. No total, durante toda semana,
foram distribuídas 30 mil camisinhas. Atualmente, as mulheres são
as mais vulneráveis à Aids em Campinas, seguindo uma tendência
nacional. A infecção está crescendo entre mulheres jovens e
também entre as casadas com parceiros fixos. Depois das
mulheres, a população usuária de drogas injetáveis é a mais
acometida pela doença na cidade.
"Nosso
principal desafio hoje é diminuir a incidência do HIV em
Campinas atingindo a população mais vulnerável e sem esquecer
da prevenção da população em geral", afirma Maria
Cristina Ilário, coordenadora do Programa Municipal de DST/HIV/AIDS.
Cristina
informa que, nesta terça-feira, 3 de dezembro, Campinas recebe
a visita de uma equipe de médicos bolivianos. Eles vêm
conhecer o trabalho desenvolvido pelo município no combate à
Aids, por indicação da área de Cooperação Externa da
Coordenação de DST/AIDS do Ministério da Saúde.
Campinas é
reconhecida no Brasil como modelo na assistência e tratamento
da Aids e quer, agora, se tornar referência também na área de
prevenção a infecção pelo HIV e outras DSTs (Doenças
Sexualmente Transmissíveis). A cidade tem notificados 3.407
casos de Aids de 82 até novembro de 2002. Deste total, 60% já
foram a óbito (2.044). Do total de registros, 2.559 são homens
e 845 são mulheres, proporção de aproximadamente três casos
em homens para cada caso em mulheres. Na década de 80, início
da epidemia, esta proporção era em média de 50 homens para
cada mulher.