Pesquisa mostra que saúde bucal das crianças de Campinas é boa

11/12/2002

As condições de saúde bucal das crianças de Campinas é muito boa. Esta é uma as conclusões da pesquisa SB 2000, amostra ampliada para São Paulo, iniciativa do Ministério da Saúde realizada no primeiro semestre deste ano. As considerações finais sobre a questão estão no documento que será entregue oficialmente nesta quinta-feira, 12 de dezembro, à Secretaria de Saúde de Campinas.

A apresentação dos dados relativos à pesquisa em âmbito estadual será feita pelo dentista Vladen Vieira, que representa a área de saúde bucal da Secretaria Estadual de Saúde, numa cerimônia que ocorre às 8h30 na ACDC (Associação dos Cirurgiões Dentistas de Campinas). A ACDC fica na rua Francisco Bueno de Lacerda, 300, no Parque Itália. Na ocasião também serão apresentados, além dos dados de Campinas, as conclusões sobre outras cidades que estão sob coordenação da Dir 12 (Direção Regional de Saúde).

Em Campinas, a pesquisa do SB 2000 analisou problemas como cárie dentária, doença periodontal, fluorose (excesso de flúor), má oclusão (problemas relacionados a arcada dentária) e necessidades de prótese. O resultado aponta que crianças na faixa etária de 12 anos apresentam um índice de CPOD (de dentes cariados perdidos e obturados) de 1,34. O número é melhor que o da meta preconizada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) que é de 3 para o ano 2000 para a população nesta faixa etária. Em 1981, este índice em Campinas era de 7,8.

Entre as crianças de 5 anos, as condições de saúde bucal também são boas. De acordo com a pesquisa, elas possuem 54% dos dentes livres de cárie. A meta preconizada pela OMS é de 50% de dentes livres de cárie.

Segundo o coordenador da área de Saúde Bucal da Prefeitura, Isamu Murakami, a fluoretação das águas de abastecimento em Campinas é um dos principais fatores que contribuíram para a melhora da saúde bucal das crianças residentes na cidade. Os procedimentos coletivos realizados pela Secretaria Municipal de Saúde e a fluoretação dos cremes dentais a partir de 1988 também são fatores importantes na redução.

E, de acordo com Isamu, a perspectiva é de que os índices sejam ainda melhores no futuro. É que com a implantação do Paidéia – Saúde da Família, os trabalhos de educação e prevenção em saúde bucal passaram a ser desenvolvidos de forma sistemática pelas equipes de saúde. Além disso, neste ano, a Secretaria Municipal de Saúde começou a fazer análises mensais da quantidade de flúor na água – procedimento denominado tecnicamente de heterocontrole de flúor das águas. Os resultados mostram que os teores de flúor apresentam níveis adequados.

Adultos – A pesquisa em âmbito estadual mostra que, entre adultos e idosos, se comparado com a população jovem, o índice CPOD é alto, sendo 20 para o adulto e 28 para o idoso, embora tenha se mantido estável em relação a 98, data da última pesquisa. Entre a população idosa (acima de 65 anos), o estudo mostra que é alto o número de pessoas que utiliza prótese dentária (76% usam prótese na arcada superior e 52% na arcada inferior). Para este público, a Secretaria de Saúde de Campinas tem intensificado as ações de prevenção de câncer bucal, por meio de diagnóstico precoce, e de tratamento especializado em periodontia (doenças de gengiva).

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