Crianças e
adolescentes de rua que freqüentam o Craisa (Centro de Referência
e Atenção Integral a Saúde do Adolescente), o Afagai (Abrigo
para crianças e adolescentes que vivem nas ruas) e a ONG Mano a
Mano participaram nesta quarta-feira, 18 de dezembro, de uma
festa de final de ano. O palco da festa, que teve início às
14h, foi o Museu da Cidade.
Dentre as
atividades, houve apresentação do grupo "Parangolé da
Prosa", que reúne contadores de história. Às 15h, os
meninos e meninas puderam participar da Oficina de Percussão e
Dança. Às 16h, houve confraternização e, às 16h30, a
Oficina de Hip Hop, que reúne atividades como grafite, rap e
break. Os trabalhos confeccionados pelo público da festa estão
expostos na Estação Cultura.
Também houve
uma homenagem a um dos adolescentes que freqüentavam o Craisa,
chamado Márcio, morto há 1 mês e meio. Márcio, depois de 8
meses freqüentando o Craisa, já estava estruturado para deixar
as ruas. Porém, foi morto a pauladas numa cidade vizinha quando
procurava a casa dos pais para uma visita. O adolescente foi o
responsável por levar outros meninos para o Craisa.
A festa é uma
promoção da Prefeitura de Campinas, viabilizada por meio do Criando
rede de esperança, programa que reúne as secretarias de Saúde,
Educação, Ação Social e Cultura e a Casa Betel, Abrigo
Afagai, Apot, Pastoral do Menor e a ONG Mano a Mano. A idéia é
promover a recuperação destas crianças e adolescentes
possibilitando a sua inclusão na sociedade.
"A
confraternização atende a uma demanda que surgiu da solicitação
das crianças e de um desejo de todos os parceiros do Criando
rede de esperança de celebrar a vida com eles", diz
Priscila Chakkour, responsável pela área de infância e da
juventude da Secretaria de Saúde. De acordo com ela, a festa é
uma das maneiras de criar e estimular nestas crianças o desejo
de sair da rua. O Criando rede de esperança é parte do
Plano Municipal para a Infância e Juventude.